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Ex-presidente do PT diz que aposta de Ciro para 2022 pode dar errado

O petista disse que o Partido dos Trabalhadores não atrapalhou articulação de Ciro Gomes no primeiro turno e que Cid Gomes guarda mágoas
18:29 | Out. 27, 2018
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Em ato pró-Haddad, em Fortaleza, neste sábado, 27, o ex-presidente do Diretório Estadual do PT, Diassis Diniz, afirmou que as consequências de um governo Jair Bolsonaro (PSL) podem atrapalhar os projetos políticos de Ciro Gomes (PDT) para 2022. Diniz destacou ainda que o Partido dos Trabalhadores não tentou esvaziar a candidatura de Ciro e que, mesmo assim, o senador eleito Cid Gomes (PDT) guarda mágoas desde o período pré-eleitoral. 
 
 
A chegada do Ciro e o silêncio dele é uma aposta dele. Uma aposta alta para 2022. Mas pode ser que não tenha 2022. Pode ser que esse louco (Bolsonaro), com suas afirmações, nós tenhamos o Congresso fechado, o Supremo fechado, nós tenhamos uma ruptura institucional. Não se trata dele apoiar o PT ou Haddad, se trata, hoje, de termos um debate bem mais amplo, que é o processo de indicar o presidente da República”, afirmou Diniz.
 

A crítica do petista ocorre por Ciro Gomes não atender as expectativas de apoio mais contundente a Fernando Haddad (PT), após o retorno da Europa, na noite desta sexta-feira, 26. Diniz afirmou que a posição do pedetista precisa ser compreendida. “Nós sabemos que os Ferreira Gomes são profissionais na política. Eles não jogam dama, eles jogam xadrez. O movimento é meticulosamente pensado. É um movimento que tem repercussão amanhã, não hoje”. 
 
[SAIBAMAIS]
Autocrítica
  
Diassis Diniz afirmou que as críticas de Cid Gomes contra o PT, em evento pró-Haddad, têm ressonância dentro do Partido. “Houve uma tensão na montagem do primeiro turno. Cid tem mágoa porque considera que foi PT que esvaziou, no primeiro momento, o centrão dele. No segundo momento, que nós retiramos o apoio do PSB, o que não é verdade”.
 
 
Cid Gomes e Ciro Gomes integram o Partido Democrático Trabalhista (PDT). A sigla, bem como os irmãos Ferreira Gomes, declararam apoio crítico ao PT neste segundo turno. A expectativa era de que os irmãos fizessem campanha para o petista no Ceará, único estado no País onde Ciro ganhou no primeiro turno das eleições. 
 
 Redação O POVO Online
Com informações do repórter Carlos Mazza 

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