Grupo "Mulheres unidas contra Bolsonaro" é alvo de hackers e tem nome mudado
Capturas de tela que circulam nas redes sociais mostram que o nome da página foi alterado para "Mulheres com Bolsonaro #17"[FOTO1]O grupo do Facebook "Mulheres Unidas Contra Bolsonaro", que alcançou mais de 2,3 milhões de membros, foi hackeado e passou a exibir mensagens de apoio ao presidenciável do PSL. Uma baiana, que é uma das criadoras e administradoras do grupo, teve seu Facebook hackeado e registrou o caso na 1ª Delegacia (Barris) neste sábado (15).
O grupo teve o nome alterado para "Mulheres Com Bolsonaro #17" e a administração foi substituída para homens. Após denúncias, o grupo foi retirado do ar pelo Facebook e será devolvido posteriormente às administradoras.
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De acordo com boletim registrado pela baiana, além de seu Facebook, seu WhatsApp e sua linha telefônica também foram sequestrados digitalmente. Os invasores ainda teriam agredido verbalmente seus clientes.
[SAIBAMAIS]"Todas as providencias jurídicas estão sendo tomadas para que os responsáveis por invadir as contas e comunicações pessoais das administradoras, sejam identificados e punidos de acordo com a lei", disse a baiana em um comunicado oficial publicado em sua conta, após conseguir rever seus dados.
Durante o ataque, os responsáveis postaram mensagens ofensivas contra as mais de 2 milhões de participantes. "Esquerdistas de merda", disseram.
A capa do grupo chegou a ser assinada pela dupla "Eduardo Shinok e Felipe Shinok", que podem ser autores da invasão.
A Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) informou que o caso será investigado pela Polícia Civil através do Grupo Especializado de Repressão aos Crimes por Meios Eletrônicos. Ainda não há informações sobre a autoria do ataque.
Em nota enviada ao CORREIO, o Facebook informou que o grupo foi removido temporariamente. "O grupo foi temporariamente removido após detectarmos atividade suspeita. Estamos trabalhando para esclarecer o que aconteceu e restaurar o grupo às administradoras" , afirmou a rede social, em nota.
Júlia Vigné
Via Rede Nordeste
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