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Grupo cearense deseja implantar sociedade sem dinheiro na Serra da Mantiqueira

A iniciativa já existe no Ceará, criada pelo grupo Crítica Radical, que tem entre as expoentes a ex-prefeita Maria Luiza Fontenele e a ex-vereadora Rosa da Fonsêca. Para custear a implantação, o grupo organiza feijoada neste sábado, 21
11:01 | Jul. 19, 2018
Autor Izadora Paula
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Izadora Paula Estagiária do portal O POVO Online
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Tipo Notícia
[FOTO1]O grupo Crítica Radical busca alcançar um modo de vida que, segundo eles, pode voltar a existir, embora com esforços: a vida sem dinheiro. A proposta começou a ser colocada em prática em 2013, num sítio em Cascavel. Foi levada para Iguatu. Agora, eles querem levar a ideia para a Serra da Mantiqueira, nas divisas entre Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Para viabilizar o projeto, o grupo faz arrecadação de verbas.
 
 
Rosa da Fonseca, que foi vereadora de Fortaleza pelo PSB nos anos 90, é uma das integrantes do grupo e explicou a proposta dessa iniciativa: "Uma ruptura com o sistema e com nós mesmos", afirmou ela em 2014, época em que o sítio Brotando a Emancipação começou. Juntamente com Jorge Paiva e Maria Luiza Fontenele, ex-prefeita de Fortaleza, entre outros, a articulação política se mantém desde 1975. 
 
 
Quando foi colocada pelo grupo a insustentabilidade do sistema capitalista, na virada da década de 1990 para os anos 2000, já era previsto que a situação, em determinado momento, ficaria como estaria hoje. A crise financeira e o caos, que a política atual não consegue controlar.
 
 
Para os idealizadores, a iniciativa do sítio seria fugir da sociedade capitalista, sem recair no socialismo ou comunismo, propostos no marxismo tradicional. A partir de releitura do marxismo, eles propõe ruptura com a ideia de partidos, políticam trabalho e dinheiro. As experiências de sítios já implantados em Cascavel e Iguatu, no Ceará, buscam mostrar construir um laboratório que mostre que é possível uma sociedade sem dinheiro e que não esteja restrita às formas de relações capitalistas, baseadas no consumo e no valor.

 
[FOTO2]Os moradores do sítio produzem o que consomem e, se sobrar, doam para os vizinhos. Após avançar com as experiências em Cascavel e Iguatu, o grupo busca implantar a mesma iniciativa em outros estados. Eles foram convidados a contribuir para a instalação de projeto emancipatório na Serra da Mantiqueira.
 
 
Buscando viabilizar os projetos, o evento intitulado Feijoada da Emancipação acontece nesse sábado, 21, para abordar os principais pontos de discussão da proposta. Acontecerão, também, atividades artísticas.
 
 
Rosa da Fonseca, em conversa com O POVO Online, explicou como o evento irá acontecer: "Pretendemos abordar os fundamentos, objetivos, inovações ecológicas, arquitetônicas, organizacionais, tecnológicas, entre outras questões, dos referidos projetos. Não haverá a cobrança de uma taxa, mas esperamos que seja um momento onde as pessoas possam expressar o seu apoio a esses desafios assumindo compromisso com o projeto". 
 
 
[FOTO3]"Esperamos conseguir voluntários que possam trabalhar conosco nas campanhas para coletarem contribuições, venda de obras de artes, show de artistas, além de sensibilizar pessoas para aderirem à campanha para levantar os valores necessário para implantar o projeto na Serra da Mantiqueira, onde recebemos 8 hectares para esse fim, além de quitar o sítio em Cascavel". 
 
 
Outras formas de  contribuições são o depósito em conta (Movimento pela Emancipação Social - Banco do Brasil - Agência: 3253-0; Conta Corrente: 7926-X; CNPJ: 03324276/0001-13), Rede de Amigos e Colaboradores, vaquinha pela internet, doando ou adquirindo obras de arte e outros objetos, participando de shows, adquirindo o livro Dinheiro Sem Valor, de Robert Kurz (Antígona), doando material para as Feiras de Pechincha, entre outras. Para aqueles que tiverem curiosidade, a feijoada é o momento de se reunir, conhecer a iniciativa e descobrir como participar.
 
 
Serviço
Feijoada da emancipação
Onde: Fundação Sintaf (Rua Padre Mororó, 952, Centro)
Data: sábado, 21 
Horário: 10 às 13 horas
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