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Cinco motivos que podem tirar votos de Marina Silva nas eleições

O POVO Online aponta obstáculos que a ex-senadora terá de superar se quiser ocupar o Palácio do Planalto
14:23 | Jun. 15, 2018
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Enquanto não tem a candidatura oficializada, a pré-candidata Marina Silva (Rede) começa apresentando bons números nas pesquisas de intenções de votos. Ela aparece em segundo lugar (em cenário sem Lula), com 15% da preferência. A pesquisa foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo e entrevistou 2.824 pessoas em 174 municípios, entre os dias 6 e 7 de junho.
 
Contudo, se quiser manter o bom desempenho e chegar ao Palácio do Planalto, a pré-candidata terá de enfrentar alguns obstáculos que podem afastá-la da Presidência. O POVO Online também listou os motivos que podem ajudar Marina a chegar ao comando do Palácio do Planalto
[SAIBAMAIS] 
Falta de estrutura partidária
Partido fundado pela pré-candidata, a Rede Sustentabilidade é o segundo menor partido em número de deputados da Câmara, com dois parlamentares. A legenda é menor até que o PV e o PSB, partidos dela nas eleições de 2010 e 2014, respectivamente. A pouca representatividade da legenda aparece também em governos estaduais e municipais. Sem capilaridade, Marina pode carecer de apoio e voz entre os eleitores, além de enfrentar maior dificuldade para encontrar financiadores da campanha.
 
Falta de alianças
A falta de parlamentares eleitos e a pouca articulação com outros partidos podem dificultar a comunicação entre a pré-candidata e seus eleitores. O tempo de propaganda eleitoral é definido pelo número de deputados federais do partido. Portanto, Marina deve ter alguns segundo de tela. A mesma lógica é empregada para definir a fatia de recursos públicos que financiará a campanha. As alianças com outras siglas também podem ser inviabilizada em uma conjuntura com bancada fraca, o que deve deixar a futura candidata sem palanque em importantes zonas eleitorais do País.
 
Posicionamento público sobre temas polêmicos
Marina tem postura discreta diante de temas efervescentes na política nacional. É constantemente acusada por adversários políticos de aparecer somente durante o período eleitoral. A pré-candidata também tem postura conservadora sobre assuntos polêmicos. Já se posicionou contra o aborto e a legalização da maconha, por exemplo. Ela defende a aplicação de plebiscito para ambos os temas. Sobre casamento de pessoas do mesmo sexo, ela se posicionou contra, alegando convicções religiosas. Contudo, se disse a favor da união de bens entre esses casais.
 
Pouca experiência no Executivo
A pré-candidata já foi vereadora, deputada estadual e federal, além de senadora pelo estado do Acre. Marina também ocupou o cargo de ministra do Meio Ambiente durante o governo do ex-presidente Lula (PT). À época, ambos eram do PT. Contudo, apesar de acumular duas tentativas de chegar ao Palácio do Planalto, a ex-senadora nunca ocupou cargos eletivos no Executivo. Dentre os adversários com parcela significativa dos votos, Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB) têm nos currículos a gestão de prefeituras e estados.
 
Aliança controversa com Aécio nas eleições de 2014
Diante do bom desempenho de Marina Silva no primeiro turno das eleições de 2014, Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) tentaram aproximação com a ex-ministra do Meio Ambiente do governo Lula. Ela decidiu apoiar o tucano no segundo turno. A aliança gerou críticas a ela, inclusive de companheiros de partido. Entre integrantes do que seria a Rede Sustentabilidade circulou o manifesto “A favor da nova política”, classificando o apoio como “grave erro político”. O tucano acabou derrotado das eleições e se tornou réu em processos por corrupção passiva e obstrução da Justiça no Supremo Tribunal Federal (STF).
 
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