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Aécio vira réu no aniversário de 2 anos da votação do impeachment de Dilma na Câmara

Em 17 de abril de 2016, discursos referentes a Deus e família deram a tônica na sessão que aceitou a denúncia contra Dilma na Câmara. Após dois anos, STF torna Aécio Neves réu
16:00 | Abr. 17, 2018
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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou nesta terça-feira, 17, a denúncia contra o senador Aécio Neves (PSDB), que se tornou réu em um dos inquéritos resultantes da delação do empresário Joesley Batista, da JBS. Coincidentemente, a decisão ocorre no dia em que faz aniversário a aprovação da abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT) pela Câmara dos Deputados. Em 17 de abril de 2016, sessão histórica também decidia o destino da então presidente, que derrotou Aécio na eleição presidencial de 2014.
 
Na noite daquele domingo de 17 de abril de 2016, a Câmara dos Deputados autorizou o processo de impeachment de Dilma por crimes de responsabilidade por pedaladas fiscais. Sentença saiu após mais de nove horas de sessão. Um total de 367 votos foi determinante para a saída da ex-presidente. Ao todo, foram 137 votos contrários. Naquele dia, ficaram marcados os históricos alusivos a Deus e a família.
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A abertura do inquérito e o afastamento da presidente foi confirmado pelo Senado em 12 de maio. Em 31 de agosto, os senadores confirmaram a perda do cargo por Dilma.
 
A sessão de hoje teve início às 14 horas. A Primeira Turma é composta pelos seguintes ministros: Marco Aurélio Mello (relator), Alexandre de Moraes (presidente), Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Rosa Weber.
 
Acusação  
 
Segundo a denúncia, Aécio solicitou a Joesley Batista, em conversa gravada pela Polícia Federal (PF), R$ 2 milhões em propina, em troca de sua atuação política. O senador foi acusado dos crimes de corrupção passiva e tentativa de obstruir a Justiça. 
 
Também são alvos da mesma denúncia a irmã do senador, Andrea Neves, o primo dele, Frederico Pacheco, e Mendherson Souza Lima, ex-assessor parlamentar do senador Zezé Perrella (PMDB-MG), flagrado com dinheiro vivo. Todos foram acusados de corrupção passiva.
 

Em entrevista coletiva à imprensa nessa segunda-feira, 16, Aécio negou as acusações, criticou a Procuradoria-Geral da República (PGR) e desacreditou as informações obtidas por meio da delação de Joesley Batista, um dos executivos da J&F.
 
 
Nesta segunda-feira, 16, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, reiterou no Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de abertura de ação penal contra o senador Aécio Neves. Se o pedido for aceito, o senador se tornará réu do processo.
 
Relembre alguns momentos do dia 17 de abril de 2016:  
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Redação O POVO Online com Agência Brasil  

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