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"Preso ou aqui fora, vou fazer tudo o que eu fazia: ler, estudar e fazer política", diz José Dirceu

11:31 | Abr. 21, 2018
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Tipo Notícia
Em entrevista concedida à jornalista Mônica Bergâmo, da Folha de S. Paulo, o ex-ministro José Dirceu, de 72 anos, que teve seus recursos negados pela Justiça e pode ser detido a qualquer momento, disse que "preso ou aqui fora, vou fazer tudo o que eu fazia: ler, estudar e fazer política. Eu tenho que cumprir a pena. Eu não posso brigar com a cadeia".
 
Ele afirmou também que ao fazer um balanço do tempo em que o Partido dos Trabalhadores (PT) esteve no poder, conclui que a sigla está do lado certo. Ele também definiu o saldo de tudo o que foi feito pela sigla como fantástico. 
[SAIBAMAIS] Na oportunidade, ele ainda comentou a sensação de ver Lula sendo preso. Para Dirceu, que se considera frio para estas questões - de prisão -, Lula acertou ao fazer "resistência simbólica", o que fez o partido e os aliados ganharem a "batalha política e midiática", considera.

Sobre Lula, ele disse ainda que fez do companheiro a própria vida. Segundo o ex-ministro da Casa Civil, existiram oportunidades, amigos e companheiros que tentaram o atrair a romper com Lula. Entretanto, ele diz que a liderança do ex-presidente compensava qualquer coisa.
 
Perguntado pela jornalista se em algum momento pensou que a história terminaria com ele e Lula presos, Dirceu afirmou que sempre considerou a tentativa de derrubada dos governos petistas. Ele entende que, no Brasil, sempre quando há crescimento das "forças políticas sociais, populares, de esquerda, nacionalistas, progressistas, democráticas", isso acontece.
 
Eleições 2018
Dirceu projeta Lula conseguindo transferir de 14% a 18% dos votos para o candidato que ele decidir apoiar, mesmo de dentro da prisão. Na percepção do petista, para isso acontecer, basta Lula falar o que pensa.
 
Indagado por Mônica sobre a dificuldade que foi fazer esta transferência em 2014 para Dilma Rousseff, Dirceu diz que em 2014 o "lado de lá" tinha a TV Globo, o poder econômico e o aparato judicial militar. Agora, embora ainda tenha, ele considera que as representações políticas à direita estão mais desorganizadas e enfraquecidas do que a esquerda.  
 
Redação O POVO Online 

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