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Kátia Abreu filia-se ao PDT e vira importante reforço para candidatura de Ciro Gomes à Presidência

A senadora é conhecida na política nacional e uma das principais representantes do agronegócio brasileiro. Já comprou brigas com ambientalistas e também foi uma das maiores críticas ao processo de impeachment de Dilma Rousseff. Também votou contra o presidente Michel Temer
12:14 | Mar. 29, 2018
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No próximo dia 2, a senadora federal pelo estado do Tocantins, Kátia Abreu, irá oficializar a sua filiação ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), em Palmas. Na ocasião, o pré-candidato à Presidência da República, o cearense Ciro Gomes (PDT), estará presente. O comunicado sobre a filiação foi lido em Plenário nesta quarta-feira, 28. 
 
Desde novembro do ano passado, Kátia estava sem partido, após ser expulsa pelo conselho de ética do PMDB, atual MDB, por criticar o governo do presidente Michel Temer e por agir contra as orientações do partido no processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).  
 
Além da forte influência nacional na política e na economia, a senadora é uma das favoritas na disputa pelo comando do Governo de Tocantins, o que garante um palanque importante para Ciro no estado.
 
A senadora é empresária do ramo pecuarista, e defende os direitos do setor e da bancada ruralista no Congresso Nacional. Foi apelidada por movimentos ambientalistas como a ‘Miss Desmatamento’, devido ao seu posicionamento sobre o uso das florestas e sobre os direitos dos trabalhadores rurais e povos indígenas. 
 
Seu filho, o deputado Irajá Silvestre Filho (PSD-TO) após tomar posse em 2011, elaborou o Projeto de Lei 2163/2011, que propõe o fim dos estudos de impacto e do licenciamento ambiental para empreendimentos agropecuário, florestais ou relacionados ao reflorestamento.  
 
De acordo com o cruzamento de dados feito pelo Ruralômeto - ferramenta desenvolvida pela Repórter Brasil que avalia se a atuação dos deputados federais é prejudicial ao meio ambiente, povos indígenas e trabalhadores rurais, com base em informações concedidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Irajá é o parlamentar que mais desmata. 
 
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Carreira Política
1998 - Kátia Abreu disputou pela primeira vez uma cadeira na Câmara dos Deputados, ficando como primeira suplente. Assumiu a vaga em duas oportunidades, entre abril de 2000 e abril de 2002. Foi escolhida para presidir a bancada ruralista no Congresso Nacional, sendo a primeira mulher no país a comandá-la. Na época, o grupo contava com 180 integrantes.
 
2002 - Foi efetivamente eleita para a Câmara dos Deputados com 76.170 votos, a mais votada no Estado do Tocantins.
 
2006 - concorreu e venceu a eleição a uma vaga ao Senado Federal. 
 
2009 - figurou entre as cem personalidades mais influentes do Brasil, numa lista seleta publicada pela edição especial da revista Época. Dentre as cem personalidades, destacam-se trinta nomes da área política, dentre os quais somam cinco senadores da República.
 
2010 - Em entrevista à revista Veja, a senadora, fez críticas às políticas para o agronegócio dos ministérios do Trabalho, Desenvolvimento Agrário e Meio Ambiente, durante o governo Lula. 
 
Ainda em 2010, apoiou José Serra na Campanha presidencial de 2010, foi cotada vice de Serra e criticou Dilma e o presidente Lula durante a campanha de 2010.
 
Em 2011, torna-se aliada ao governo Dilma.
 
Em 2015, é nomeada para o ministério da Agricultura no segundo governo Dilma Rousseff, permanecendo no cargo até maio de 2016, quando a petista foi afastada. 
 
Em 2016, permaneceu mais fiel à Dilma que ao partido no qual era filiada, o PMDB, durante o processo de impeachment.
 
Em abril de 2016, o presidente em exercício do então PMDB, o senador Romero Jucá, confirmou que iria acelerar o proceso de expulsão de Kátia Abreu do partido, para a satisfação da base partidária e dos representados. A senadora se colocava contra o impeachment de Dilma Rousseff.
 
Em agosto de 2016, começou a ser levantada possibilidade de Kátia Abreu ser expulsa do PMDB.
 
Em 13 de setembro de 2017, o PMDB, por recomendação da Comissão de Ética, afastou Kátia Abreu por 60 dias motivado pelo fato de ela ter votado, em setembro do ano passado, contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. 
 
Outubro de 2017 - Votou contra a manutenção do mandato do senador Aécio Neves, mostrando-se favorável à decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal no processo em que ele é acusado de corrupção e obstrução da justiça por solicitar dois milhões de reais ao empresário Joesley Batista
 
Em novembro de 2017, o conselho de ética do PMDB decidiu expulsar a senadora do partido devido a críticas à sigla e o governo de Michel Temer.
 
2018 - Kátia é pré-candidata à governadora do Tocantins nas eleições.
 
Redação O POVO Online 

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