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Eunício Oliveira rebate Cap. Wagner: "Não se cogitou intervenção no Ceará"

Em definição de candidatura de oposição ao Governo do Estado, Wagner teria afirmado que Eunício Oliveira barrou intervenção federal no Estado por conta de afinidade com o governador Camilo Santana
21:00 | Mar. 03, 2018
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Em entrevista para rádio cearense, o presidente do Senado Eunício Oliveira (MDB) desmentiu, neste sábado, 3, alegações do deputado estadual Capitão Wagner (PR) de que teria impedido o governo de Michel Temer (MDB) de seguir com planos de intervenção federal no Ceará, por afinidade com o governador Camilo Santana (PT). Segundo Eunício, uma intervenção não foi cogitada pelo Planalto.

 

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Capitão Wagner teria afirmado, em entrevista para a mesma emissora (Rádio Seara, de Nova Russas) que o Governo Federal planejava intervenção no Ceará, ideia que teria sido barrada por Eunício. Mas, segundo o senador, não é verdade.

"Não se cogitou intervenção no Estado. Isso é uma coisa muito séria e muito grave. Passa pelo Congresso Nacional. Só aconteceu no (Estado do) Rio de Janeiro porque eu perguntei ao governador se ele queria", rebateu Eunício, que contou ainda que Luiz Fernando Pezão (MDB), governador do Rio, confessou não ter mais "condições, nem financeiras nem de comando" de comandar a segurança pública do Estado e "queria, sim, uma intervenção".

Eunício ainda ensaiou alfinetada em Wagner, antigo aliado, argumentando que a polícia do Ceará é capaz de controlar a situação. "Se tem alguém que não confia e devia confiar na polícia do Ceará não sou eu. O senador Eunício Oliveira confia e, por isso, trouxe aqui uma força-tarefa. Portanto, o Estado do Ceará não terá intervenção não é porque o senador Eunício Oliveira não quer não, é porque aqui tem polícia."

Aliados desde 2014, quando Capitão Wagner apoiou Eunício em candidatura ao Governo do Estado, os dois políticos se tornaram ainda mais próximos em 2016, quando o senador compôs palanque de Wagner para a Prefeitura de Fortaleza. A distância se iniciou, porém, com aproximação de Eunício ao governador Camilo e definição de candidatura de oposição para o mesmo cargo sendo desenhada por Wagner, que já se manifestou a favor de uma intervenção federal no Estado. No embate iniciado com o rompimento, Wagner já chegou a cobrar "coerência" de Eunício por se aproximar do Governo.

A reportagem procurou Capitão Wagner para esclarecimentos, mas não houve contato do deputado estadual até a publicação desta matéria. Por meio de sua assessoria, contudo, Wagner disse que a afirmação de que Eunício Oliveira teria impedido uma intervenção federal no Ceará se tratou apenas de uma citação de informações de jornalistas sobre o caso.

Redação O POVO Online

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