Participamos do

Desembargadora que acusou Marielle já havia proposto fuzilamento de Jean Wyllys

Jean Wyllys cobrou ação dos órgãos públicos e questionou por que o fato de a desembargadora ter pedido publicamente sua morte foi "ignorado"
11:32 | Mar. 20, 2018
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia
[FOTO1]O deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) afirmou nesta segunda-feira, 19, que vai apresentar queixa-crime contra a desembargadora Marília Castro Neves por ela ter sugerido um "paredão" de tiros contra o pessolista. A magistrada é a mesma que atacou a vereadora Marielle Franco nas redes sociaisassassinada a tiros no último dia 14, alegando que ela tinha fazia parte de facção criminosa e que seu comportamento tinha levado à sua morte. 
 
 
“Eu, particularmente, sou a favor de um paredão profilático para determinados entes… O Jean Willis (sic), por exemplo, embora não valha a bala que o mate e o pano que limpe a lambança, não escaparia do paredão…”, disse a desembargadora em rede social no dia 29 de dezembro de 2015. Segundo a publicação de Wyllys, as declarações vieram à tona após os ataques contras notícias falsas sobre Marielle.
[FOTO2] 
[SAIBAMAIS]

 
Jean Wyllys cobrou ação dos órgãos públicos e questionou por que o fato de a desembargadora ter pedido publicamente sua morte foi "ignorado". "Esqueçam por um segundo que eu sou deputado federal. Eu sou um cidadão, uma pessoa, um ser humano. E uma desembargadora defendeu o meu assassinato. Assim, literalmente, entre risos. E nada acontece! Cadê o Ministério Público? Cadê os tribunais superiores? Ninguém vai fazer nada?", cobrou.


 
O Partido Socialismo e Liberdade (Psol), que já tinha entrado com representação contra Marília Castro Neves no Conselho Nacional de Justiça(CNJ) devido aos ataques contra Marielle, anunciou que também irá fazer denúncia referente à incitação de homícidio contra Jean Wyllys."O Psol não vai cessar em suas denúncias até que a desembargadora seja responsabilizada por seus crimes.", frisou a sigla em nota. 
 
Sobre as acusações contra Marielle, a desembargadora se manifestou por meio de nota enviada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e admitiu ter repassado informações que rodavam as redes sociais "de forma precipitada". "A conduta mais ponderada seria a de esperar o término das investigações, para então, ainda na condição de cidadã, opinar ou não sobre o tema. Reitero minha confiança nas instituições policiais, esperando, como cidadã, que este bárbaro crime seja desvendado o mais rápido possível.", diz o texto.

O POVO Online procurou o gabinete de Marília Castro Neves para solicitar posicionamento sobre os ataques a Jean Wyllys mas as ligações não foram atendidas.
Redação O POVO Online  
 

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente