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Bolsonaro garante que só abandona candidatura tirado na "covardia" ou morto

O presidenciável respondeu às polêmicas envolvendo o patrimônio de sua família
09:54 | Jan. 11, 2018
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[FOTO1]Em resposta à reportagem do jornal Folha de S. Paulo relatando suspeitas sobre o patrimônio de sua família, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) publicou vídeo em sua página oficial do Facebook em que afirma que só abandona a corrida presidencial se for morto ou tirado na 'covardia'. A publicação foi postada na noite dessa quarta-feira, 10 e já tem mais de 25 mil compartilhamentos.

O parlamentar e pré-candidato ao Palácio do Planalto disse que o jornal paulista é "canalha" e afirmou o desejo de vender seu apartamento em Brasília para ocupar um imóvel funcional na Câmara. No começo do vídeo, ele fala que não pretende atacar a publicação e diz ser um "peixe fora d'água no poder. "Sou aquele intruso no poder, não tenho nenhum governador me apoiando, sou sozinho", relata.

Sobre a possibilidade de abandonar a candidatura, Bolsonaro foi assertivo. "Só em duas situações eu posso não estar neste ano no debate presidencial: se me tirarem na covardia por um processo qualquer, (..) ou se me matarem. Não estou preocupado com isso. Se me matarem vão ter que me enterrar, vão arranjar outro Celso Daniel", disparou. Celso Daniel foi um prefeito petista, assassinado em 2002.

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O presidenciável ainda disse que com a reportagem denunciando o patrimônio de cerca de R$ 15 milhões da família Bolsonaro, a Folha queria colocar ele no 'mesmo nível do PSDB'. "Eu não sou corrupto, não sou citado em nenhum escândalo, tá comprovado", diz.

O patrimônio

Ainda no vídeo, Bolsonaro confirma o levantamento da Folha, que estima em ao menos R$ 15 milhões o patrimônio do grupo, juntando os quatro integrantes da família, e diz que não vai responder às 32 perguntas enviadas pela publicação paulista. Ele afirma que a equipe de reportagem pode confrontá-lo pessoalmente.

Sobre outra polêmica, a do recebimento de auxílio moradia, ele comenta que estão "implicando" com ele como se ele fosse um bandido que não pudesse receber essa quantia, que segundo ele é de "R$3.500, R$3.600 reais". A Câmara destina esse apoio a parlamentares que não são contemplados com os imóveis funcionais, por conta do grande número de deputados. O valor mensal é de R$ 4.253.


Confira vídeo: 

[VIDEO1] 

Redação O POVO Online

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