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Além da política, patrimônio de família Bolsonaro vem de negociação de imóveis

No ano de 2012, Flávio Bolsonaro comprou dois apartamentos no mesmo dia. Nas duas situações, os antigos donos venderam os imóveis com um desconto de no mínimo R$ 60 mil.
13:59 | Jan. 08, 2018
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Nos 13 anos que tem de vida pública, Flávio Bolsonaro (PSC) conciliou a atividade de parlamentar com a atuação no ramo imobiliário. O carioca entrou na política no ano de 2002. Em 2017, possuía dois apartamentos e uma sala. De acordo com a prefeitura, os bens valem R$ 4 milhões. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.

Além disso, o político fez operações que envolviam 19 imóveis na zona sul do Rio de Janeiro e Barra. A maioria são sala de um prédio comercial, o Barra Prime. Todas foram vendidas para a MCA Participações, empresa que tem entre os sócios uma firma do Panamá. A empresa comprou as salas do político carioca em novembro de 2010, 45 dias após ele ter comprado 7 das 12 salas. Conforme registros, o político faturou R$ 300 mil com a transação.

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No ano de 2012, Flávio Bolsonaro comprou dois apartamentos no mesmo dia. Nas duas situações, os antigos donos venderam os imóveis com um desconto de no mínimo R$ 60 mil. O filho de Jair Bolsonaro lucraria, pouco mais de um ano depois, R$ 813 mil com a venda dos mesmos imóveis, uma valorização superior a 260%.

Nas Laranjeiras, bairro do Rio de Janeiro, Flávio teve um ganho parecido. Ele comprou um imóvel na planta, que declarou à Justiça Eleitoral em 2014, por R$ 565,8 mil. Ele informou há dois anos atrás, em 2016, o preço de R$ 846 mil. No fim daquele ano, o imóvel foi registrado em escritura por R$ 1,7 milhão. Ele revendeu o prédio por R$ 2,4 milhões um ano depois.

A reportagem da Folha procurou o presidenciável Jair Bolsonaro, assim como seus três filhos. Foram encaminhadas 32 perguntas para as assessorias dos quatro políticos. As respostas, no entanto, vieram apenas das assessorias de Flávio e Carlos.

A assessoria do primeiro informou que ele estava no exterior e que ficaria à disposição quando retornasse ao Rio, o que acontecerá no dia 17.

Entre os questionamentos feitos pela reportagem a Jair Bolsonaro, foi perguntado se ele considera o patrimônio de sua família compatível com os ganhos de quem atua especialmente na política. Ele não respondeu.

 

Redação O POVO Online

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