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Governo ainda não tem votos para vencer denúncia na CCJ, avalia Planalto

Nas contas de interlocutores de Temer, o peemedebista tem garantido apenas 30 votos, de 66 da comissão
09:17 | Jul. 04, 2017
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Tipo Notícia

Contabilidade de articuladores do Palácio do Planalto aponta falta de votos para derrotar a denúncia do Procurador-Geral da República (PGR), Rodrigo Janot, por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer (PMDB) na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.

Nas contas de interlocutores de Temer, o peemedebista tem garantido apenas 30 votos, de 66 da comissão. As informações são do jornal Folha de S. Paulo. O presidente precisa de ao menos 34 votos para rejeitar a peça acusatória de Janot.

Diante do avanço das investigações da Operação Lava Jato, o governo tem encontrado dificuldade inclusive de convencer membros da base aliada para votar com o PMDB. A CCJ, que deve indicar o relator da denúncia, nesta terça-feira, 4, tem o papel de recomendar o arquivamento ou a aprovação da denúncia da PGR no plenário da Casa.

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Em caso de continuidade da denúncia, Temer é afastado do cargo por até 180 dias enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) investiga. A maioria dos deputados consultados ainda não se pronunciou sobre o voto. Menos de 50 parlamentares disseram votar contra a denúncia no plenário.

Investida

Disposto a derrubar a denúncia, o presidente Temer vai para uma extensa agenda dedicada a parlamentares nesta terça-feira, 4. No dia em que a CCJ inicia os trabalhos com a escolha do relator da denúncia, o peemedebista vai ter uma agenda com mais de 13 horas de audiência e receberá 22 parlamentares, sendo 16 deputados e seis senadores.

Além disso, há uma reunião prevista com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, que é da cota de ministros parlamentares e tem influência sobre o partido. Temer quer que sua defesa seja apresentada até quarta-feira, 5, na comissão para que ela tenha condições de ser votada em plenário antes do recesso.

Segundo fontes do Planalto, o advogado Antonio Claudio Mariz de Oliveira já trabalha na defesa desde que a denúncia foi apresentada por Rodrigo Janot, no último dia 26. Segundo um auxiliar do presidente, Mariz deve destacar que as provas - como a gravação com Joesley Batista - são ilícitas e que há vício na origem da denúncia.

Redação O POVO Online 

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