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'Se Dilma tivesse me seguido, não tinha tido o impeachment', diz Lula a Moro

Lula lembrou do caso da ex-presidente Dilma Rousseff ao falar sobre a relação com os partidos da base aliada
22:19 | Mai. 10, 2017
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou em depoimento ao juiz Sérgio Moro, nesta quarta-feira, 10, sobre questões envolvendo a nomeação para cargos na Petrobrás e uma obstrução no Congresso por suposta pressão do Partido Progressista (PP) pela falta de cargos prometidos na primeira gestão do petista, segundo denúncia do Ministério Público Federal (MPF). Entre as respostas aos questionamentos, Lula lembrou do caso de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff ao falar sobre a relação com os partidos da base aliada

[SAIBAMAIS]
A resposta em referência a Dilma veio quando Moro perguntou se Lula teria recordações de um churrasco e um café da manhã, onde teria recebido 35 dos 53 deputados do PP, em 2004. O petista disse que não se recordava e continuou: "Eu fazia reuniões sistemáticas com líderes (dos partidos). Se a presidente Dilma tivesse me seguido, não tinha tido o impeachment".


Moro seguiu com as perguntas sobre a relação com o PP. Conforme o juiz, consta na denúncia do MP que a pauta no Congresso, em 2004, foi desobstruída após encontros pessoas. "O PP sozinho não tinha condições de desobstruir a pauta do Congresso. Era preciso outros partidos. Eu jantei com PP, PMDB, com todos os partidos da base aliada", disse Lula.

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Sobre as nomeações para os cargos da Petrobras, Lula explicou que os nomes saíam de um ciclo de indicações, passando pelos ministros, as bancadas, os partidos da base aliada, pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), pela Casa Civil até chegar ao ex-presidente. "Todos os diretores passaram pelo crivo da GSI. Não houve voto contra, não houve denúncia de trabalhador, nem denúncia da PF, nem da imprensa. Isso aconteceu em 2003 e em 2004. Como não posso grampear ninguém, não tinha como saber", comentou.

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