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Deputado diz que PEC 241 atende "interesses insaciáveis do sistema financeiro"

Medida prevê teto de gastos para gestão pública por 20 anos e que os novos investimentos públicos sejam limitados ao índice da inflação. Rádio O POVO CBN entrevistou deputados que têm posicionamentos distintos em relação ao projeto
16:30 | Out. 25, 2016
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[FOTO1]Deputados federais votam em segundo turno a Proposta de Emenda Constitucional 241 (PEC), a chamada PEC do teto dos gastos, na tarde desta terça-feira, 25. Medida prevê teto de gastos para gestão pública nos próximos 20 anos e que os novos investimentos públicos sejam limitados ao índice da inflação. 
 
Para o deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB), favorável à PEC, é preciso "dar um freio à gastança". "O Brasil precisa ter políticos que tenham coragem de falar a verdade, não ficar mentindo para o povo", afirmou em entrevista à Rádio O POVO CBN (FM 95.5 AM 1010). "É preciso ter consciência da sua responsabilidade com o País, a não ser que eles queiram que o Brasil vire uma Venezuela. Vai aumentar o desemprego, a inflação", disse. "A não ser que a população concorde em aumentar os impostos". 
 
 
Contrário à PEC 241, o deputado federal André Figueiredo (PDT) sustenta que, do jeito que está proposta, a PEC paralisa o País por 20 anos. "Essa PEC não tem outra intenção a não ser atender aos interesses insaciáveis do sistema financeiro nacional. Isso a gente vem denunciando não apenas no atual governo, mas já na visão de alguns dos ministros que foram de governos que antecederam o atual", comentou, também em entrevista ao programa O POVO no Rádio. "Estamos sendo condenados a passar essa geração e as próximas sem investimentos adicionais em educação e saúde que sequer correspondam ao aumento da população".
 
Ainda de acordo com o deputado, teto para gastos são necessários, mas de forma eqiulibrada. "O lado mais fragilizado é o lado do trabalhador, o lado do próprio capital produtivo também. Quem está rindo à toa, batendo muitas palmas para essa PEC, é óbvio que é o capital especulativo. É ele que cada vez mais ganha recursos no Brasil, é ele que cada vez mais manda no Brasil".
 

Redação O POVO Online

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