Ex-Eletronuclear é autorizado a cumprir prisão preventiva em unidade militar
Quando foi preso pela primeira vez, em 2015, Silva ficou em uma cela especial da Base de Fuzileiros Navais do Rio Meriti, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. À época, o juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas, registrou que Othon foi liberado para usar telefone celular e teve regalias "absolutamente incompatíveis com a custódia preventiva". Quando foi preso preventivamente pela segunda vez, em julho, o ex-presidente da Eletronuclear foi encaminhado para Bangu 8, mas hoje, por dois votos (dos desembargadores Ivan Athié e Abel Gomes) a um, a 1ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) atendeu pedido da defesa de Silva e autorizou-o a seguir para o Comando da Força de Fuzileiros da Esquadra. Conforme a decisão, o custodiado fica expressamente proibido de ter acesso a aparelho de telecomunicação. Os contatos dele com familiares ou advogados só podem ocorrer pessoalmente e dentro da escala de visitação da unidade de custódia militar. Ao fundamentar a ordem, Abel Gomes destacou o direito à prisão especial assegurado pela Constituição.
Na mesma sessão de julgamento, os desembargadores decidiram rejeitar os pedidos de habeas corpus apresentados por quatro ex-executivos da Eletronuclear presos preventivamente desde julho, durante a Operação Prypiat, promovido pela Polícia Federal. O ex-diretor técnico Luiz Antônio de Amorim Soares, o ex-diretor de Planejamento, Gestão e Meio Ambiente Persio Jordani, o ex-diretor de Administração e Finanças Edno Negrini e o ex-superintendente de Gerenciamento de Empreendimentos Luiz Manuel Amaral Messias permanecerão detidos em Bangu. (Fábio Grellet)
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