Empresário Ronan Maria Pinto deixa a prisão da Lava Jato
Ronan foi levado pela escolta da Polícia Federal do Complexo Médico Penal de Pinhais, nos arredores de Curitiba, para a 12.ª Vara da Justiça Federal onde ouviu as instruções que deverá seguir e recebeu a tornozeleira eletrônica que o manterá sob monitoramento permanente e ininterrupto.
O empresário vai retornar ainda nesta sexta-feira, 8, a Santo André, na Grande São Paulo, onde reside.
Além da tornozeleira, o Tribunal impôs a Ronan o pagamento de fiança de R$ 1 milhão - valor já recolhido em conta judicial. Ele poderá retomar suas atividades. Ronan é dono do jornal Diário do Grande ABC. À noite e nos fins de semana, porém, o empresário terá que permanecer em casa.
A Lava Jato suspeita que ele comprou o Diário com R$ 6 milhões que teria recebido via José Carlos Bumlai, pecuarista amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que também foi preso na Lava Jato, em 24 de novembro de 2015.
Bumlai tomou empréstimo supostamente fraudulento de R$ 12 milhões, do Banco Schahin, em outubro de 2004. Ele afirmou ao juiz Moro que o dinheiro foi destinado ao PT.
Ronan foi preso na Operação Carbono 14, desdobramento 27 da Lava Jato, em 1.º de abril. O advogado Fernando José da Costa informou que Ronan vai retomar a rotina. "Ele vai voltar a administrar o jornal e sua empresa de ônibus, vai fazer o que sempre fez a vida toda."
"Talvez essa decisão seja um marco no sentido de que prisão preventiva só deve ser decretada e mantida em último caso. Muitas outras medidas, que não a prisão, podem ter a mesma ou melhor eficácia e, por tal motivo, o nosso Código de Processo Penal a coloca como última das exceções. O sr. Ronan, agora, vai retomar suas atividades empresariais e também vai provar sua inocência no processo", afirmou o defensor.
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