Em um mês, quase metade de menções a Temer no Twitter foi negativas
De acordo com o estudo, os dias de pico de menções ao peemedebista foram 12 de maio, data em que Temer assumiu a presidência, 15 de maio, dia em que foi exibida uma entrevista no Fantástico, 23 de maio, quando foi aprovada a nova meta fiscal, e 30 de maio, quando a primeira pesquisa sobre o novo governo foi divulgada.
Em relação aos assuntos mais abordados, a Lava Jato foi o mais recorrente (26,91%), seguido do tema 'Saúde' (21%), corrupção (16,30%), habitação (14,83%) e ministérios (14,21%). O estudo também aponta os ministros do governo interino mais citados. O senador Romero Jucá, ex-chefe da pasta do Planejamento, lidera a lista com 95%. Jucá foi flagrado em áudio com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, em que sugeriria que o governo Temer estancaria as investigações da Lava Jato.
O segundo colocado na lista de ministros mencionados em tuítes ligados a Temer, com apenas 1,5% das citações, foi Ilan Goldfajn, novo presidente do Banco Central. Outro dado do levantamento é que 15% dos posts que citam Temer também mencionam a presidente afastada Dilma Rousseff.
O estudo também elenca as principais personalidades que citaram Temer durante o período analisado, como os humoristas Danilo Gentili, Rodrigo Vesgo e Felipe Neto, o escritor Paulo Coelho e o apresentador Tiago Leifert.
O humorista Felipe Neto usou seus tuítes para frisar seu posicionamento contrário ao presidente em exercício, apesar do apoio ao impeachment de Dilma Rousseff. "Que fique claro: sou CONTRA o governo Temer. Não estou defendendo ninguém aqui não."
Já Rodrigo Vesgo orienta Temer em relação à operação Lava Jato: "Temer, ouça a voz do Moro e não deixe ninguém interferir na Lava Jato".
Paulo Coelho tuitou três vezes no período. Na última delas, no dia 30 de maio, ele disse: "Duvido (mas quero queimar a língua...)Temer não tem mais capital político para gastar" e retuitou o post do jornalista Fernando Rodrigues que dizia que Fabiano da Silveira, ministro da Transparência à época, deveria ser demitido por envolvimento com os áudios de Sérgio Machado. Na gravação, Silveira faz críticas à Lava Jato.
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