Conselho pode adiar votação para evitar que Cunha seja absolvido; siga
Deputada que se ausentou na última sessão do grupo e acabou adiando a votação, Tia Eron (PRB-BA) já registrou presença
Começou agora há pouco sessão do Conselho de Ética da Câmara que votará relatório de Marcos Rogério (DEM-RO) pela cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) por quebra de decoro parlamentar. Com avaliação de que Cunha tem maioria para vencer no grupo, existe articulação de manobra para adiar novamente a votação do relatório.
Deputada que se ausentou na última sessão do grupo e acabou adiando a votação, Tia Eron (PRB-BA) já registrou presença. Justicativa para nova manobra seria uma série de novas acusações contra Cunh que o Psol pretende acrescentar ao caso.
Acompanhe ao vivo a sessão do Conselho de Ética da Câmara:
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Manobra
Pedido do Psol se baseia em relatório do Banco Central, enviado nesta terça-feira para o Conselho, que aplica multa de R$ 1 milhão a Cunha e de R$ 132 mil à sua esposa, a jornalista Cláudia Cruz, por não terem declarado às autoridades a posse de recursos no exterior.
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AssineApesar de esse relatório não estar incluído no processo, o Psol - um dos autores da representação original contra Cunha -, pretende apresentar pedido de aditamento da denúncia no caso. Caso o pedido seja acatado pelo relator, o processo deve ser ampliado por pelo menos vinte dias, já que o processo reiniciaria e a defesa de Cunha teria que apresentar novo parecer.
Tia Eron
Cunha é acusado de mentir sobre a existência de contas suas na Suíça em depoimento à CPI da Petrobras. No último dia 7, o relatório chegou a entrar em pauta, mas foi adiado após membros do Conselho pedirem prazo para analisar relatório paralelo apresentado por aliados de Cunha - que pede pena mais branda ao deputado.
O adiamento ocorreu por manobra da oposição de Cunha no grupo, que quis evitar voto do suplente Carlos Marun (PMDB-MS), aliado do deputado afastado. Mesmo não sendo titular do Conselho, Marun estava escrito como suplente direto de Tia Eron, deputada que "sumiu" no dia da votação e se refugiou na sala da liderança do PRB na Câmara.
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