Advogado de Renan, Sarney e Jucá diz que 'banalização da prisão assusta'
Na entrevista à radio, Kakay classificou o atual momento de "dramático", destacando que as opiniões emitidas sobre a Lava Jato podem ser interpretadas como tentativa de obstrução da operação policial. "Dois homens divergirem sobre a Lava Jato não é crime. Eu mesmo sou crítico dos excessos dessa operação e repito, não vi nessas conversas (de seus clientes) qualquer tentativa de interferência. Hoje tudo passou a ser tentativa de interferência." E continuou com as críticas: "Depois da Lava Jato, prisão preventiva virou regra. Essa banalização da prisão me assusta, enquanto advogado e enquanto cidadão."
Para Kakay, a delação premiada é um instituto importante para se combater o crime organizado, contudo, ele avalia que este instrumento está sendo "desvirtuado" na atual conjuntura. "A palavra do delator passa a ser vista como verdade", disse, numa referência às gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado que dão conta de que distribuiu R$ 70 milhões em propina para Renan, Jucá e Sarney. "Todos meus clientes negaram peremptoriamente esses recursos e dizem que não sabem do tal fundo gerido pelo filho do Sérgio Machado (Expedito, responsável pela gestão de um fundo que seria abastecido com dinheiro de propina em Londres".
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