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Dilma diz que Temer cortará até 36 milhões do Bolsa Família

Acompanhada da ex-ministra Tereza Campello, a presidente afastada respondeu perguntas de internautas sobre o programa
17:10 | Mai. 18, 2016
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A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) respondeu nesta quarta-feira, 18, a perguntas de internautas sobre o Bolsa Família no Facebook. Acompanhada da ex-ministra Tereza Campello, Dilma destacou o programa como "essencial para a população brasileira” e acusou o governo interino de Michel Temer (PMDB) de querer cortar 36 milhões de beneficiários do programa.

“Eles têm falado muito em cortar benefícios. Com o Bolsa Família, falam de cortar de 10% a 30%. Isso significa de 4,7 milhões até 13 milhões de pessoas. Veja, Mia, eles falaram até em deixar só 5% das pessoas, ou seja, só 10 milhões de pessoas no Bolsa Família. Sabe o que isso significa, Mia? Iriam tirar 36 milhões de pessoas do Bolsa Família numa canetada só", disse.

Confira respostas da presidente aos internautas:

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O presidente em exercício, no entanto, tem dito que pretende apenas fazer uma auditoria no programa, removendo beneficiários com cadastro irregular. Não existe, porém, proposta de cortes para casos regularizados.

[SAIBAMAIS 3]Retrocessos

“É claro que se houver corte no programa há o risco de voltarmos ao passado (...) não podemos permitir retrocessos”, disse Dilma. A presidente destacou ainda importância do programa para a educação e saúde de crianças.

“O que a gente observa nesses 13 anos de programa é que a maior preocupação das mães é garantir educação, conforto e qualidade de vida para seus filhos”, disse Dilma, destacando redução dos índices de mortalidade infantil e queda de 51% do déficit de altura de crianças. “Ou seja, as crianças estão se desenvolvendo melhor”, diz.

A presidente ainda rebateu críticas mais comuns ao programa, como a de que a ação cria vínculo de dependência dos beneficiários com o governo. "Quase todos os países desenvolvidos possuem programas de transferência de renda, que se tornam mais importantes ainda durantes crises econômicas", disse.

Redação O POVO Online

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