Anulação de tramitação do impeachment de Dilma repercute internacionalmente

O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), assinou decisão para anular a tramitação do impeachment da presidente Dilma Roussef (PT) nesta segunda-feira, 9.

Para além da grande agitação nacional, a decisão repercutiu internacionalmente, virando manchete de diversos portais de notícias do mundo.

O jornal espanhol El País manchetou a notícia, afirmando que, embora Maranhão seja aliado de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - afastado do mandato de deputado federal e da presidência da Câmara do Deputados, votou contra a destituição de Dilma. A publicação no Brasil transmite, ao vivo, a repercussão da decisão.
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O britânico The Guardian destaca a notícia, com o título: "Voto de impeachment de Rousseff é anulado, jogando a legislatura do Brasil no caos". Segundo o jornal, a surpresa movida por Maranhão levanta especulações de que ele poderia estar agindo em nome de seu antecessor, Eduardo Cunha.

A BBC de Londres também ressaltou a decisão, dando ênfase à crise instalada no Brasil. Conforme a publicação, a primeira votação no Senado para eventual e temporária saída da presidente, programada para ocorrer na próxima quarta-feira, 11, provavelmente não mais ocorrerá. Também não se sabe, frisa a BBC, se a decisão de Maranhão será ou não anulada. O jornal britânico também citou o pedido de "cautela" de Dilma Rousseff, logo após receber a notícia.

O jornal argentino La Nacion salienta a "surpreendente reviravolta da crise política no Brasil". Assim como o El País, o La Nacion observa que ninguém esperava tal decisão, visto que Maranhão é considerado um aliado de Cunha, classificado pelo jornal como "arquiinimigo de Rousseff e principal promotor do impeachment do presidente".

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