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Na reta final, petista diz que PMDB não dará espaço a partidos médios

08:00 | Abr. 11, 2016
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Convencidos de que a derrota na Comissão de Impeachment da Câmara é inevitável nesta segunda-feira, 11, deputados governistas contam com o corpo a corpo de última hora para tentar garantir a vitória da presidente Dilma Rousseff no plenário e fazem um contraponto com o discurso do PMDB de que, caso assuma o governo, fará uma redução drástica de ministérios e da máquina pública e montará um primeiro escalão de "notáveis".

Tanto governo como peemedebistas tentam conquistar os votos principalmente do PP, PR e PSD. Petistas dizem que o PMDB não conseguiria entregar o que promete aos partidos.

"Eles prometem diminuir ministérios, fazer um ministério de notáveis. Que espaço haverá para os partidos médios da atual base do governo? Estamos tratando de participação política no governo. E eles ainda têm acordos a fazer com o PSDB, o DEM, o PPS", diz o deputado Carlos Zarattini (PT-SP).

Segundo o petista, os cálculos mais pessimistas são de que o governo tem entre 180 e 200 votos no plenário, o que seria suficiente para barrar o impeachment. Para ser aprovado o afastamento da presidente, são necessários 342 votos entre os 513 deputados.

Um deputado petista encarregado de mapear os votos de cada partido em cada Estado também fala em 200 votos a favor do governo, na contagem atual. O monitoramento inclui uma comparação entre a promessa de voto feita pelo deputado e o comportamento do parlamentar nas redes sociais.

"Temos de verificar se o que o deputado fala para a gente é condizente com o que ele publica nas redes sociais, com o que diz para sua base eleitoral", diz o parlamentar. Outro parlamentar governista divide os aliados de hoje entre os "muito certos", os "certos" e os "pouco certos".

Além da contagem por partido e por Estado e do monitoramento das redes sociais, os petistas também estão em contato com os governadores aliados, para contabilizar os votos "confiáveis". Em outra frente, conferem com o governo como estão nas negociações com cada partido. Na Comissão do Impeachment, o esforço é para reduzir o máximo possível a vantagem da oposição.

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