Golpismo não vai ter um dia de paz, diz coordenador nacional do MST
Segundo Boulos, o Brasil não quer um presidente "biônico" como Michel Temer, que aparece com menos de 1% nas pesquisas de intenção de voto. "O País também não quer um vice-presidente canalha e bandido como Eduardo Cunha", afirmou. Segundo ele, um governo Temer significaria um ataque aos direitos trabalhistas e o fim dos programas sociais.
Mesmo defendendo o governo, o líder do MTST não poupou críticas às políticas econômicas de Dilma. Segundo ele, na segunda-feira, barrado o impeachment, o governo precisa mudar de rumo. "Dilma tem de entender o recado de quem está nas ruas nos últimos dias. Na segunda-feira a gente não quer ouvir falar de ajuste fiscal, de reforma da Previdência. A gente quer reforma urbana, reforma agrária, tributária, e democratização das comunicações e do sistema político", disse. "É importante que a Dilma, depois de vencido o golpismo, compreenda e encampe essa agenda", acrescentou.
Ele também criticou a ideia, veiculada por Dilma, de promover um amplo pacto nacional após o impeachment ter sido barrado. "O único pacto que nós vamos admitir é com o povo brasileiro e os interesses populares", alertou.
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