Deputado relata a colegas conversa 'muito ruim' com Garotinho para mudar voto
Deputados do PR e do PMDB disseram ter ouvido rumores de que parlamentares estariam recebendo oferta de dinheiro para votar contra o impeachment. A cifra chegaria a R$ 2 milhões por voto, dinheiro para financiar campanhas eleitorais.
Feijó nega que tenham lhe oferecido valores. "Me convidaram para ir na Dilma, no Lula. Eu disse que não perdessem tempo comigo, não. Fiquei chateado com isso. Começaram a divulgar que eu tinha mudado minha posição. Eu voto a favor do impeachment", disse. "Quero andar de cabeça erguida. Se votar contra, não poderei nem sair na rua."
A reportagem não conseguiu contato com o ex-deputado. A filha de Garotinho, Clarissa (PR-RJ), se licenciou do mandato e não participará da votação. A ausência ajuda o governo, que precisa impedir que a oposição alcance 342 votos.
Diante da informação de que Feijó poderia mudar de lado, deputados do PR pró-impeachment passaram a madrugada com ele para garantir o voto contra Dilma.
Fundo partidário
Dinheiro do fundo partidário também tem sido oferecido para deputados na disputa por votos. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o presidente do PR, deputado Alfredo Nascimento (PR-AM), tem convidado deputados do partido para conversas nas quais ele informa que tem R$ 100 milhões no fundo partidário para financiar campanhas.
Ele trabalha contra o impeachment. A bancada do partido na Câmara, contudo, tem maioria favorável à cassação da presidente. Procurado, Nascimento não foi localizado.
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