PMDB aprova moção que barra filiados de assumir novos cargos
A deliberação, segundo dirigentes do partido, passa a valer a partir deste sábado, 12, e tem validade até que o diretório se reúna para tomar uma decisão definitiva. Isso impede, na prática, que o deputado Mauro Lopes (PMDB-MG) assuma na próxima semana a Secretaria de Aviação Civil (SAC). O ministério foi oferecido pelo Planalto à bancada mineira do PMDB da Câmara em troca de apoio à recondução de Leonardo Picciani (PMDB-RJ) à liderança do partido na Casa. A expectativa era que a entrega fosse oficializada na próxima semana. Com a deliberação da convenção, no entanto, os planos de Mauro Lopes devem ficar frustrados.
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AssineInicialmente, o ex-ministro da Pasta Eliseu Padilha (RS) anunciou Lopes como "futuro ministro" e chegou a dizer na convenção que todas as moções deveriam ser aprovadas nos próximos 30 dias, mas lideranças do PMDB confirmam nos bastidores que o impedimento para assumir novos cargos vale desde já.
O vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, entrou em contato com o diretório mineiro do PMDB para acordar a validade imediata da restrição. O ex-ministro Moreira Franco, presidente da Fundação Ulysses Guimarães, ligada ao PMDB, confirmou o veto a Mauro Lopes.
"Enquanto corre o prazo, nesse período, por precaução, por afirmação, a convenção aprovou uma outra moção, de que nenhum companheiro pode assumir um cargo no governo até o diretório nacional tomar a posição definitiva. É importante que se intente que a posição definitiva a ser tomada pelo diretório será cumprida, o que significa que, se votar o diretório pelo rompimento com o governo, os companheiros que têm cargos no governo vão ter que deixar esses cargos. Se não, terão que sair do PMDB."
Moreira Franco disse que a decisão "não é contra" Mauro Lopes, mas confirmou que ele não poderá assumir a SAC, como era previsto. Procurado, Mauro Lopes não atendeu as ligações da reportagem.
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