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Paulo Teixeira diz que Mercadante não cometeu qualquer ilícito

18:30 | Mar. 15, 2016
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O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) saiu em defesa do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, pego em uma gravação oferecendo ajuda ao ex-líder do governo no Senado Delcídio Amaral (MS) - preso e depois solto na Lava Jato. "Nesse caso do Mercadante, não há qualquer ilícito. O Mercadante é uma pessoa de bem, ele fez o que qualquer ser humano faria", afirmou ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado.

Questionado se as declarações de Mercadante no áudio, de que a postura do PT de abandono a Delcídio teria sido "indigna" e "covarde", Teixeira desconversou e disse que, neste momento, a preocupação do partido é observar se Mercadante cometeu algum crime no que tange a obstrução das investigações. "Estamos discutindo agora o envolvimento de Mercadante com eventual ilícito, o que na minha opinião não há. As questões políticas a gente vê depois."

Aliado de Lula e que tem atuado na defesa do ex-presidente, Paulo Teixeira disparou contra Delcídio. "O Delcídio está arrumando fatos para justificar a situação dele. Da mesma maneira que ele se deu mal por falar muito das pessoas, para sair dessa situação (de investigado na Lava Jato), ele comete os mesmos erros", afirmou o petista.

Teixeira disse ainda não ter se encontrado com o ex-presidente Lula em Brasília, mas disse avaliar que os acontecimentos desta terça, 15, não atrapalhem as negociações para Lula integrar o ministério da presidente Dilma Rousseff. A gravação de Mercadante conversando com José Eduardo Marzagão, assessor de Delcídio, é parte da delação do senador, homologada hoje no Supremo Tribunal Federal. Na delação, Delcídio traz diversas acusações contra Lula, Dilma e também contra parlamentares de outros partidos - até mesmo contra o senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB.

Após a repercussão da divulgação de sua conversa com Marzagão, Mercadante convocou uma coletiva na tarde desta terça, 15, quando rechaçou a hipótese de ter tentado evitar a delação premiada de Delcídio. O ministro disse ainda que sua motivação foi pessoal, de "solidariedade", e tentou afastar a presidente Dilma Rousseff da iniciativa de interlocução com o ex-líder - àquela época ainda preso e começando as tratativas para fazer a delação com informações que prejudicariam o governo.

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