Governo reúne apenas cinco senadores em reunião de líderes da base no Planalto
O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), foi um dos ausentes. Integrantes de outros partidos da base aliada como o PDT, o PP e o PR também não compareceram. O grande temor do governo é que a decisão do PMDB cause um "efeito de manada" e faça com que os outros partidos também optem por abandonar o governo.
Na noite desta segunda-feira, Berzoini também se reuniu com integrantes da bancada do PT no Senado. Como mostrou o Estado, os petistas decidiram adotar uma tática de guerrilha no Congresso para tentar barrar a aprovação ou ao menos postergar ao máximo a votação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Na frente política, o Palácio do Planalto já liberou os parlamentares a subirem o tom e mostrar o que chamam de "conspiração" do vice-presidente e presidente do PMDB, Michel Temer, contra o governo Dilma. A ordem é mostrar a ligação entre Temer e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), responsável por deflagrar o processo de impeachment que é alvo de processo de cassação e ainda é réu na Operação Lava Jato.
O partido também vai atuar na economia, desqualificando as propostas do PMDB apresentadas no documento "Uma Ponte para o Futuro", que vem sendo chamado de "plano Temer". Na frente jurídica, os petistas vão tentar questionar no Congresso, por meio de pedidos regimentais, e no Judiciário, com ações e recursos, o rito adotado por Cunha para o afastamento de Dilma. (Isadora Peron)
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