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Cerca de 500 manifestantes protestam contra Lula e Dilma na Paulista

20:40 | Mar. 04, 2016
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Os manifestantes que se reuniram na Avenida Paulista para protestar contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff na noite desta sexta-feira, 04, já deixaram a via. Por volta de 19h45, eles ocupavam apenas o vão livre do Masp e uma das faixas sentido Consolação. Cerca de 500 pessoas participam do protesto.

A ausência de representantes do Movimento Brasil Livre (MBL) foi notada por outras entidades envolvidas na manifestação. O MBL convocou o ato pela manhã, mas divulgou nota oficial no final da tarde dizendo que, por razões de segurança, faria apenas um panfletaço em frente ao Masp para divulgar a manifestação do próximo dia 13 de março. Foram ao evento desta terça integrantes do partido Solidariedade e dos movimentos Nas Ruas Contra a Corrupção e Avança Brasil Maçons. Também discursou membro da Associação de Delegados da Polícia Federal (ADPF).

Após movimentos sociais envolvidos no ato da Paulista relatarem a ausência do MBL, o coordenador nacional do movimento, Kim Kataguiri, apareceu no evento e disse que estava no ato desde as 19h. Apesar da popularidade de Kim com os participantes, que pediam selfies com ele o tempo todo, o jovem não foi chamado a discursar no alto do carro de som. Sem entrar na polêmica da posição dos outros movimentos, Kim afirmou ao Estadão que esta sexta é dia de comemoração. "O fato de hoje reforça a tese do impeachment. Não dá pra dissociar as imagens de Lula e Dilma", diz.

No trio elétrico levado pelos organizadores, foi colocado um boneco gigante de Lula com roupa de presidiário, conhecido como Pixuleco. Um efetivo de cerca de 200 policiais militares foi deslocado para acompanhar o ato. "Nossa intenção é evitar confronto caso a oposição a esse grupo (MBL) venha para cá", diz o capitão da PM André Eduardo.

Embora o ex-presidente Lula tenha sido levado pela Polícia Federal nesta sexta apenas para prestar depoimento, os participantes do ato na Avenida Paulista comemoravam, dando a prisão do petista como certa. "Nós estamos aqui hoje comemorando a condução coercitiva do ex-presidente Lula. É um dia histórico para todos nós, que lutamos por um Brasil digno. São dias contados. Daqui a pouco ele vai e não sai mais", disse no carro de som Anderson Catozzo, integrante do partido Solidariedade, uma das entidades que apoiam o ato.

A aposentada Ester Iten Teixeira, de 62 anos, diz que a comemoração também é pela "sensação de menor impunidade no País". "Eu vim para apoiar o juiz Sérgio Moro porque ele está fazendo as instituições funcionarem. O que aconteceu hoje foi um primeiro passo. Pode demorar, mas o Lula vai preso. Já existem provas", disse.

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