Aécio diz haver 3 caminhos: impeachment, cassação ou renúncia
Aécio esteve na Praça da Liberdade, Região Centro-Sul da capital, onde cerca de 30 mil pessoas, conforme a Polícia Militar, protestaram contra Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo organizadores, o total de manifestantes foi entre 70 mil e 100 mil. O tucano, porém, ficou pouco tempo na praça, se recusou a subir em um dos caminhões de som para discursar, e seguiu para São Paulo, para ir até o ato da Avenida Paulista contra a presidente.
A coordenadora do Vem Pra Rua em Minas, Carla Girodo, condenou o comportamento do parlamentar. "Me chamou a atenção. Aécio foi chamado e deveria ter discursado. Políticos não têm que esperar apenas aplausos", afirmou Girodo. Aécio foi citado pelo senador Delcídio Amaral (PT-MS) em delação cujo teor ainda não foi revelado.
O senador afirmou haver três "caminhos para o Brasil: o impeachment da presidente, a cassação da chapa pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou a renúncia. Uma das três saídas possibilitará o Brasil voltar a sonhar com um futuro melhor", disse. O ato deste domingo na capital mineira foi o maior desde o início dos protestos, em 15 de março do ano passado. Na data, 25 mil pessoas estiveram na praça conforme informações da Polícia Militar à época.
Aécio afirmou que o Brasil assistiu hoje "a festa da cidadania". "São as praças e ruas do Brasil inteiro dizendo basta de tanto desgoverno, de tanto descompromisso com a verdade", disse. "Essa é a beleza da democracia. Em paz e harmonia as famílias vieram para as ruas dizer que o Brasil merece algo melhor. E vamos buscar a saída para esse impasse através daquilo que a Constituição determina".
Na avaliação do senador, a implantação do regime parlamentarista seria um avanço para o Brasil. "Começa a ser discutido. Vejo como uma alternativa a partir de 2018. Não há como implementar em um momento de crise como esse, um regime que amanhã pode se fragilizar pela própria crise. O parlamentarismo sempre foi para nós um caminho para o Brasil. Vamos discutir com mais profundidade e quem sabe nos próximos dois anos possamos ter uma emenda aprovada pelo Congresso Nacional e depois ser objeto de referendo pela população brasileira".
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