Petistas mostram resistência à reforma da Previdência em reunião com Barbosa
Em um encontro com mais de três horas de duração, 12 senadores ouviram que o governo tenta frear a queda da economia ainda no primeiro semestre. Segundo o senador Paulo Rocha (PT-PA), foi levantado o questionamento sobre a necessidade da reforma do sistema previdenciário. "Tem necessidade de discutir isso agora? O Barbosa diz que sim, porque, embora não mexa com direitos agora, tem necessidade de indicar uma estabilidade para o futuro", explicou. Os senadores petistas não demonstraram simpatia com o tema e esperam uma proposta concreta do governo para se posicionarem.
A ideia do governo de discutir o tema em um fórum, para depois apresentar uma proposta fechada, foi bem recebida. Nesta tarde, o governo deve apresentar linhas gerais da proposta no Fórum Nacional de Trabalho e Previdência. Na reunião com senadores, Barbosa informou que oito pontos prioritários estão sendo discutidos, mas não indicou quais são.
CPMF
Apesar da resistência à reforma da Previdência, o ministro da Fazenda viu que estão menores as restrições ao retorno da CPMF. De acordo com parlamentares presentes, já há uma avaliação de que, quando estão envolvidos interesses de governadores e prefeitos, a aprovação da proposta fica mais fácil. A ideia do governo é que a alíquota aprovada seja de 0,38%, sendo 0,18% destinados a Estados e municípios. "Com o apoio de governadores e prefeitos, cria-se maioria para isso. Na eleição, é o prefeito que arruma 3 mil votos ali, 5 mil votos acolá", disse um participante.
Os parlamentares ainda propuseram outras medidas, como a elevação do Imposto de Renda cobrado dos mais ricos, assim como a taxação de grandes fortunas. Barbosa teria respondido que este não é o momento adequado para o debate proposto.
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