Randolfe Rodrigues afirma que menção a ele em delação foi 'plantada'
Rodrigues foi citado na delação premiada de Carlos Alexandre de Souza Rocha, o Ceará, que trabalhava como entregador de dinheiro para Alberto Youssef. Ele disse ter ouvido que o doleiro havia feito o repasse de R$ 200 mil ao senador. Youssef negou a informação, o que levou o ministro relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, a determinar o arquivamento da petição que poderia resultar em uma investigação contra Rodrigues.
"A forma como ele (Ceará) faz a citação, de ouvir dizer, só me fortalece a compreensão que alguém tentou plantar isso com o sentido de ou desqualificar a Lava Jato ou igualar a todos no Congresso Nacional, me levando também para a lama", argumentou o senador. Rodrigues afirma que ele e o partido que representa, a Rede, são os únicos com condições de questionar a conduta dos parlamentares no Conselho de Ética, como ocorreu no caso do senador Delcídio Amaral (PT-MS).
De acordo com o senador, a tentativa de envolvê-lo no escândalo da Petrobras está relacionada com a decisão do Conselho de Ética da Casa de recuperar uma denúncia contra ele. A ação de dois anos atrás voltou à pauta do Conselho depois que Rodrigues apresentou ao colegiado a representação que pode cassar o mandato de Delcídio, preso por tentar atrapalhar a Operação Lava Jato. O processo contra Rodrigues, no entanto, foi arquivado.
"Estou sendo levado a acreditar que há uma ação por parte de uma cúpula para intimidar quem pode representar no Conselho de Ética contra eles em decorrência da Lava Jato", afirmou o senador sem citar nomes. Rodrigues afirmou também que irá buscar detalhes na Procuradoria Geral da República sobre a delação de Ceará para tomar providências contra o delator. "Irei até as últimas consequências."
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