Pimentel admite novos atrasos no pagamento de servidores
Conforme o governador, a tendência é que seja estabelecido um cronograma para os depósitos nas contas dos servidores. "O fundamental é que haja a segurança de que não haverá interrupção no pagamento. Agora vamos negociar para ver o dia", afirmou Pimentel, que participou do lançamento de um aplicativo criado pelo Estado para prestação de serviços à população.
O salário referente a dezembro, que deveria ser pago amanhã só entrará na conta-corrente dos funcionários na quarta-feira da semana que vem. A justificativa do governo para o atraso foi a necessidade de aguardar o repasse de recursos do ICMS, que entra no caixa do governo no dia 10.
Pimentel afirmou que, com a quitação de duas folhas em dezembro, a referente a novembro e o 13º salário, não houve dinheiro suficiente para o pagamento que deveria ser feito no quinto dia útil de janeiro. "Teremos um ano muito difícil do ponto de vista orçamentário", admitiu o governador.
'Déficit brutal'
O rombo nas contas do Estado previsto para 2016, segundo Pimentel, é de R$ 10 bilhões. "A situação financeira de todos os Estados é muito difícil e Minas certamente não é exceção." Conforme o governador, os problemas de caixa já vinham de outras gestões. "Herdamos um déficit brutal. Tentamos reduzi-lo no ano passado e não conseguimos", disse.
De acordo com Pimentel, a expectativa é que o cronograma dos pagamentos dos servidores seja apresentado às associações e ao sindicato que representa o funcionalismo na próxima semana.
Questionado sobre o salário dos servidores públicos do Judiciário e Legislativo, que já foram pagos, Pimentel afirmou se tratar de tratar de poderes com orçamentos independentes.
O anúncio do atraso do pagamento relativo a dezembro foi feito no dia 2. O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público de Minas acusou o governador de não ter negociado com a categoria. Ontem o diretor do sindicato Geraldo Henrique da Conceição afirmou que a entidade vai discutir o que chamou de "desrespeito" do governo.
O líder do bloco de oposição na Assembleia, Gustavo Corrêa (DEM), questionou a declaração do petista. "O rombo nas contas públicas do governo do PT em 2015 não foi causado pelos governos anteriores. Uma das primeira medidas de Pimentel, ao assumir o governo, foi inchar a máquina."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente