A verdade ficará clara no correr das investigações, diz Lula, em nota
Nesta sexta-feira, o promotor de Justiça Cássio Conserino, do Ministério Público de São Paulo, intimou o ex-presidente, sua esposa e o empreiteiro José Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro, ligado à OAS, a prestarem depoimento no dia 16 de fevereiro. Conserino diz ter indícios de que houve tentativa de esconder a identidade do verdadeiro dono do tríplex, o que pode caracterizar crime de lavagem de dinheiro.
A nota do ex-presidente diz que ele e sua esposa "nunca esconderam que ela adquiriu, em 2005, uma cota da Bancoop, paga em prestações mensais, que foi declarada no Imposto de Renda". "Mas nunca foram proprietários de apartamento em qualquer condomínio da Bancoop ou de suas sucessoras".
Na quarta-feira, 27, a Operação Lava Jato deflagrou a Triplo X, sua 22ª fase, que tinha como alvos a Bancoop, a OAS e a Mossack Fonseca. Segundo a PF, esta etapa da investigação apura a ocultação de patrimônio por meio de um empreendimento imobiliário, o Condomínio Solaris, "havendo fundadas suspeitas de que uma das empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato teria se utilizado do negócio para repasse disfarçado de propina a agentes envolvidos no esquema criminoso da Petrobras".
A Polícia Federal incluiu o triplex 164-A, que seria da família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no rol de imóveis com "alto grau de suspeita quanto à sua real titularidade" sob investigação na Triplo X.
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