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MP acusa Leonelzinho de ter desviado até R$ 50 mil por mês

Segundo o órgão, esquema desviou recursos para compra de um apartamento, uma camionete L200 e até para interesses da Torcida Uniformizada do Fortaleza

11:45 | 18/09/2015
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O Ministério Público do Ceará (MP-CE) entrou com denúncia contra o ex-vereador Leonelzinho Alencar (PTdoB) por peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Segundo o órgão, suposto esquema de contratação de “assessores fantasmas” desviava até R$ 50 mil mensais da Verba de Gabinete da Câmara Municipal de Fortaleza.

Além de Leonelzinho, outras 18 pessoas ligadas ao ex-vereador foram denunciadas pelo MP em 1º de setembro. Segundo as investigações, o dinheiro que deveria pagar assessores era desviado para cobrir despesas pessoais do ex-parlamentar, como, por exemplo, a compra de uma camionete Mitsubishi L200, um apartamento e até mesmo pagamento de “mesada” para parentes.

TUF

Segundo o MP, os recursos públicos eram utilizados ainda para manter o Instituto Jader Alencar, ONG ligada à família do vereador. Na denúncia, o Ministério Público aponta ainda que o recurso foi utilizado para compra de uma ambulância e até para “interesses junto à Torcida Uniformizada do Fortalez (TUF)”.

A ação, movida pela 18ª Promotoria de Justiça Criminal de Fortaleza, pela 24ª Promotoria de Justiça de Fortaleza e pela Procuradoria de Crimes Contra a Administração Pública (Procap), aponta ainda que parte do dinheiro era acumulado para formar “caixa dois” par aa campanha de Leonelzinho. O recurso teria sido utilizado inclusive para pagar multas eleitorais.

[SAIBAMAIS 2]Ex-parlamentar

Alvo de investigação do MP sobre desvio da Verba de Desempenho Parlamentar (VDP) da Câmara, Leonelzinho foi afastado do cargo em junho deste ano pela Justiça. Poucas semanas depois, o vereador renunciou alegando precisar se "dedicar integralmente à sua defesa".

Deixando o cargo antes do início de qualquer ação contra si no parlamento, Leonelzinho não fica enquadrado na Ficha Limpa e pode se candidatar em 2016. Ele é alvo de desdobramentos da mesma operação que levou, em 7 de maio, à renúncia de A Onde É (PTC). Desde 2013, o MP apura desvios da VDP e prática da “rachadinha” - retenção do salário de assessores - na Câmara.

Como foram requisitados gastos de todos os vereadores, novas operações devem ocorrer nas próximas semanas. O MP, no entanto, não revela nomes nem quantos são os investigados na ação - que corre em segredo de Justiça. Em 2 de junho, a Polícia cumpriu 30 mandados de busca e apreensão na Casa.

A reportagem tentou entrar em contato com Leonelzinho Alencar, mas chamadas ao seu celular não foram completadas.

Redação O POVO Online
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