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Centro de informática da Câmara diz que busca de dados respeitou ordem judicial

11:55 | 20/08/2015
Depois de o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusar a Polícia Federal de ter coletado dados de todos os deputados em diligência feita no edifício, o centro de informática da Casa informou que foram extraídos somente os registros de Cunha e da ex-deputada do PMDB Solange Almeida.

Nesta quarta-feira, 19, o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, respondeu uma solicitação do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) sobre o assunto e afirmou que a requisição judicial para as buscas feitas em maio previa o fornecimento de informações apenas dos dois citados nos meses de maio, junho e julho de 2011.

Em seguida, Cunha rebateu Janot. "Vamos provar que efetivamente os dados coletados aquele dia foram de todos os deputados", afirmou ontem. Ele então solicitou ao centro de informática da Câmara uma certificação do que foi coletado pelos investigadores.

Em nota divulgada na manhã desta quinta-feira, 20, o diretor do setor, Guilherme Brüguer D'Amato, informou que a diligência foi conduzida pelo Ministério Público e realizada por servidores da Câmara nos estritos limites da ordem judicial.

Segundo ele, foram disponibilizados os dados de todos os deputados, servidores e secretários, funcionários terceirizados e estagiários. Após a liberação, foram coletados apenas os dados de Cunha e Solange. "O resultado do processamento, que continha apenas os dados solicitados, foi gravado em mídia, observando o devido sigilo", diz a nota.

A Operação Lava Jato apura se dois requerimentos protocolados pela ex-parlamentar do PMDB atenderam a pedido do presidente da Câmara. As suspeitas são de que os documentos foram feitos para pressionar uma empresa a pagar propina por contratos obtidos na Petrobras.

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