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CPI da Petrobras define nos próximos dias se marca depoimento de Okamotto

20:10 | 24/07/2015
O presidente da CPI da Petrobras, Hugo Motta (PMDB-PB), vai definir na semana que vem os rumos da comissão para os próximos meses. Num cenário de incertezas e de expectativas em relação aos desdobramentos da Operação Lava Jato, Motta vai decidir se marcará a data da oitiva do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e se abrirá uma sessão deliberativa para votar novos requerimentos de acareação, entre eles o que envolve a presidente Dilma Rousseff e os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Secretaria de Comunicação).

A oposição quer ouvir Okamotto tão logo a CPI retome seus trabalhos, após o recesso parlamentar. Eles haviam poupado o diretor-presidente do Instituto Lula em troca do depoimento do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, mas entendem que agora Okamotto está no foco. A intenção é garantir que a convocação ocorra já na primeira quinzena para dar mais combustível às manifestações anticorrupção marcadas para o próximo dia 16. "Ele é a prioridade neste momento", disse o líder interino do PSDB, Nilson Leitão (MT). Já o líder do DEM, Mendonça Filho (PE), diz que a CPI não pode ser pautada pelas manifestações, mas considera que Okamotto é um nome "importante" para ser ouvido o quanto antes.

Motta disse que, se for votar novos requerimentos, colocará para apreciação dos membros da CPI todos que não tiverem sido votados ainda. Isso significa que, se for votar a acareação entre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o delator Júlio Camargo, vai incluir na pauta da sessão deliberativa os pedidos para acarear a presidente Dilma e o doleiro Alberto Youssef, além dos pedidos para confrontar as versões entre o empreiteiro Ricardo Pessoa (da UTC) e os ministros Mercadante e Edinho Silva. "Não poderia também votar só a acareação do presidente da Câmara", justificou.

Nos bastidores, a oposição aguarda apenas a divulgação oficial da delação premiada de Pessoa para voltar a pressionar pela convocação de Mercadante. Os deputados não querem fazer um interrogatório com base apenas no que foi publicado pela imprensa. Eles acreditam que, com exceção do Palácio do Planalto, os petistas da Câmara não ofereceriam tanta resistência à convocação de Mercadante.

A comissão já tem agendada para a primeira semana de agosto as oitivas de J.W.Kim, da Samsung Heavy Industry no Brasil, e de Shinji Tsuchiya, da Mitsui, além da acareação entre o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Motta pretende marcar em breve a acareação entre Vaccari, Duque e Mendonça.

Oficialmente, a CPI funcionará até o final de agosto, mas já é dada como certa a prorrogação dos trabalhos por mais 30 dias.

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