Presidente da Força chama Dilma de 'Robin Hood às avessas'
As mudanças serão feitas via Medida Provisória e o governo já admitiu que não houve negociação com deputados e senadores. A intenção da Força Sindical é reunir as centrais sindicais e barrar a medida presidencial no Congresso. "Vamos procurar as centrais, ver se elas compartilham de uma ação conjunta, e vamos para o Congresso Nacional, falar com os congressistas. O governo tem coragem de enfrentar os trabalhadores, mas não enfrenta as grandes fortunas", critica.
O presidente da Força Sindical não esteve ontem em Brasília na reunião em que sindicalistas foram informados das medidas que seriam anunciadas em seguida. Segundo Torres, a reunião foi marcada com dois dias de antecedência e a pauta não foi divulgada.
Ontem, durante o anúncio, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse que havia negociado com o movimento sindical. "Quem foi à reunião foi apenas comunicado da decisão", conta. "Se há problemas de adequações, de fraudes, deveria punir, investigar. Agora, generalizar, com quatro medidas que prejudicam o trabalhador, nós não concordamos".
Torres e parte da direção da Força Sindical, incluindo o deputado Paulo Pereira da Silva, presidente do Solidariedade, apoiaram Aécio Neves (PSDB) na última eleição presidencial. O tom crítico da época das eleições permanece no discurso do dirigente. "Todas as indicações são de que vai aumentar desemprego, inflação, atividade vai diminuir e aí vêm essas medidas que vão afetar o trabalhador quando ele mais precisa", afirma.
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