Maia apresentará relatório final da CPI mista da Petrobras
Minutos antes de apresentar seu relatório final, o relator da CPI afirmou que a comissão de inquérito que investiga suspeitas de irregularidades ocorreu em uma situação "atípica". Ele disse que apresentará um relatório que considera bom, com cerca de mil páginas.
Segundo o petista, em um tom de ressalva em relação ao resultado final das investigações, a CPI mista foi atípica em relação a comissões passadas quatro fatores. O primeiro deles é que as apurações começaram paralelamente às investigações da Operação Lava Jato. Em segundo lugar, disse que as investigações ocorreram também em meio ao processo eleitoral. Em terceiro lugar, citou que a investigação parlamentar se deu à luz de um instrumento novo, a delação premiada. E, em quarto lugar, mencionou o final da legislatura no Congresso.
Marco Maia afirmou que apoiará a continuidade das investigações do escândalo que atinge a estatal. "Eu aprovo todas as novas investigações que envolvem, não só a Petrobras, como os casos que envolvem a Operação Lava Jato", afirmou. Maia não quis dizer, porém, se assinaria no próximo ano um requerimento de criação de uma nova CPI da Petrobras. Mesmo tendo sido reeleito, ele alegou que a criação de uma nova comissão é assunto que deve ser debatido na próxima legislatura, que contará, conforme citou, com uma renovação de 40% dos parlamentares na Câmara dos Deputados.
Mais cedo, a liderança do Democratas na Câmara divulgou nota anunciando que o partido vai propor, durante a apresentação do relatório final da CPI, a demissão imediata de toda a diretoria da empresa petrolífera. A sugestão ocorre um dia depois de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ter sugerido, em duro discurso no Dia Internacional contra a Corrupção, a saída de toda a direção da Petrobras.
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