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A Onde É deixa a prisão e advogado pedirá anulação do processo

13:35 | Nov. 05, 2014
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Após 40 dias na cadeia, o vereador Antônio Farias de Sousa – o A Onde É (PTC) – foi colocado em liberdade por volta das 12h30min desta quarta-feira, 5. Preso desde o dia 26 de setembro, o parlamentar recebeu habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira, 31. O advogado do vereador afirmou que já entrou também com processo pedindo anulação das acusações contra A Onde É.

Segundo o advogado Leandro Vasques, pedido foi protocolado nesta terça junto ao juiz da 18ª Vara Criminal, que julga processo do vereador. A defesa se baseia na teoria do "fruto da árvore envenenada": segundo Vasques, provas colhidas contra o vereador pela Procuradoria dos Crimes Contra a Administração Pública (Procap) estariam "repletas de vícios legais", o que as tornariam inválidas.

[SAIBAMAIS 4]Entre as irregularidades, estaria o fato de que a investigação que culminou na denúncia foi aberta com outro objetivo - o de "avaliar possível relação espúria entre a Prefeitura de Fortaleza e a Câmara Municipal". "Além disso, pessoas que estavam sendo investigadas, os assessores do vereador, foram ouvidas como se fossem testemunhas, sem direitos constitucionais básicos como o do silêncio, de produzir defensor, de ter acesso aos autos", argumenta.

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Investigação

Apesar de ter sido preso em flagrante pelo suposto saque de salário de assessores, pesa contra o vereador ainda uma longa investigação conduzida pela Procap. Segundo o órgão, o vereador chefiaria esquema de "pedágios" em até R$ 40 mil mensais sobre salários de servidores de seu gabinete na Câmara.

O MP também enviou ao Legislativo representação contra o vereador por quebra de decoro. Segundo ofício, ele teria quebrado decoro parlamentar por suposta prática de crimes de peculato, formação de quadrilha, organização criminosa, lavagem de dinheiro, concussão e atos de improbidade administrativa.

Os desvios ocorreriam por meio do pagamento de funcionários fantasmas, cujos cartões e senhas ficavam na posse do parlamentar Segundo o MP, o vereador teria conquistado ainda rápido e suspeito enriquecimento, planejando compra de oito apartamentos de luxo e de dois automóveis antes mesmo de assumir mandato no Legislativo.

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Redação O POVO Online

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