Sartori, do PMDB-RS, diz confiar em Marina no 2º turno
O clima tranquilo do local de votação foi tumultuado pela presença de repórteres e fotógrafos, que se acotovelavam na tentativa de ouvir uma palavra do candidato. Ele chegou e saiu confiante, cumprimentou eleitores que deixavam o local e que estavam nas filas das seções aguardando para votar. Depois, o candidato conversou com jornalistas.
Sartori disse que sua candidatura é uma oportunidade de mudança para o Rio Grande do Sul e País, e em sintonia com a mudança que a população reivindicou nos protestos de ano passado. O peemedebista lembrou que durante toda a campanha pediu a oportunidade de ir para o segundo turno. "Tenho a certeza de que indo para o segundo turno podemos ganhar a eleição".
O candidato afirmou que acredita na possibilidade da candidata a presidência da República, Marina Silva (PSB), chegar ao segundo turno. "Ela já cumpriu um grande papel e tenho convicção que o mundo silencioso da política vai colocar ela no segundo turno. O candidato almoça em Caxias e depois retorna a Porto Alegre onde passa o restante do dia e acompanha a apuração.
Café com apoiadores
Pela manhã, o candidato peemedebista participou de café da manhã com o candidato à vice-presidente Beto Albuquerque (PSB), seu vice, José Cairoli (PSD) o candidato ao Senado, Pedro Simon, e apoiadores.
Mais cedo, Sartori afirmara que, apesar de as pesquisas sinalizarem que ele tem possibilidade de chegar ao segundo turno, o clima ainda é de cautela e serenidade. "Vai depender do trabalho que realizarmos até as 17 horas. Como não existe nada garantido, vamos em busca de todos os votos que são necessários", afirmou, enquanto acompanhava a votação do candidato do PSB a vice-presidente, Beto Albuquerque. Sartori votará no início da tarde na cidade de Caxias do Sul, na Serra Gaúcha.
O ex-prefeito de Caxias é a maior surpresa da eleição gaúcha e ameaça deixar de fora da disputa a senadora Ana Amélia Lemos (PP), que era favorita até o mês passado. Na pesquisa Datafolha divulgada neste sábado, Sartori aparece com 25% dos votos, empatado com Ana Amélia, que tem os mesmos 25%. Na frente está o atual governador, Tarso Genro (PT), com 31%. Os números se referem aos votos totais.
Sartori começou a campanha, em julho, com menos de 10% da preferência do eleitorado, mas cresceu gradativamente e deu um salto nas últimas duas semanas. Ele foi beneficiado pela troca de ataques e farpas entre Tarso e Ana Amélia - que protagonizaram uma disputa particular -, e acabou conquistando os votos dos eleitores indecisos e daqueles insatisfeitos com a polarização entre PT e PP.
O candidato atribuiu o movimento ascendente justamente à estratégia de não atacar os candidatos. "No sentido de não rivalizar, não criar um ambiente de desconformidade, mas acima de tudo trabalhar o que a gente pensava sobre as questões do Estado", disse.
Sartori também mencionou a força da militância do PMDB e dos partidos aliados e elogiou os responsáveis por sua campanha, que permitiram que ele aparecesse nos programas de rádio e TV exatamente como é. "Com criatividade, com jeito, com postura simples e com humildade, nós fomos caminhando", revelou.
Perguntado se a estratégia do "não embate" mudará caso ele vá para o segundo turno, Sartori disse que, por enquanto, só pensa no dia de hoje.
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