Janot nega pedido de CPI para ver delação de Costa
Na resposta de quatro páginas encaminhada à CPI, Janot faz uma digressão histórica e legal sobre os limites de atuação das comissões parlamentares de inquérito e de procedimentos de colaboração premiada a fim de justificar a recusa em repassar as informações ao colegiado.
Janot disse, inicialmente, que designou há cerca de seis meses uma força-tarefa de integrantes do Ministério Público Federal para participar das investigações que envolvem a Operação Lava Jato. Ele disse que tem supervisionado e coordenado direta e constantemente os trabalhos do grupo e ressaltou estar convicto de que tomou todas as providências necessárias para uma "investigação imparcial e responsável" dos fatos.
O procurador-geral usou argumentos semelhantes aos de Teori Zavascki para rejeitar o pedido da CPI. Entre eles, o que a delação premiada permanece em sigilo até a apresentação da denúncia criminal feita a partir de provas resultantes dessa colaboração. A decisão de Janot, do dia 9, chegou à CPI no dia seguinte, na sexta-feira passada. Diante das negativas, a CPI mista da Petrobras ameaça entrar no próprio Supremo Tribunal Federal com um mandado de segurança a fim de que o plenário da Corte decida sobre se a comissão tem ou não direito à íntegra dos depoimentos de Paulo Roberto Costa.
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