Servidores decidem fazer 'apagão' no TRE de São Paulo
Adilson Rodrigues Santos, coordenador geral da Federação Nacional dos Servidores do Judiciário Federal e Ministério Público da União, declarou que o "apagão" será uma "demonstração de insatisfação com a situação salarial". Ele informou que a paralisação vai atingir a Justiça eleitoral em todo o Estado de São Paulo. Santos disse que a meta é cobrar da cúpula da Justiça eleitoral abertura de negociações "para por fim ao congelamento salarial que sofrem há mais de 8 anos".
Se a negociação não avançar, servidores estudam paralisar as atividades nos Tribunais Regionais Eleitorais de São Paulo e em outros Estados no início de outubro, às vésperas das eleições. Segundo eles, "a falta de data-base tem causado a corrosão salarial frente à inflação". Os servidores da Justiça eleitoral sustentam que o acumulado, desde junho de 2006, é superior a 56,59%.
A paralisação foi decidida em assembleia que reuniu funcionários de todos os andares e de quase todas as seções do prédio sede do TRE-SP, no centro da cidade, segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado de São Paulo (Sintrajud). O sindicato informou que mais de 100 funcionários tomaram o saguão do tribunal. A entidade afirma que os servidores estão dispostos a "apagar" o TRE-SP no dia 24.
Os servidores criticam o corte do orçamento e a "quebra da autonomia" do Poder Judiciário. O Sindicato está convocando os servidores dos cartórios da capital e do interior a participar do "apagão". Após o ato será realizada uma assembleia geral. Os servidores cobram do Supremo Tribunal Federal "empenho em defesa da reposição salarial da categoria e contra o corte feito pelo governo Dilma Rousseff (PT) ao orçamento do Judiciário". "No dia do apagão haverá ato e assembleia para definir os próximos passos da campanha", disse Adilson Rodrigues Santos, coordenador geral da Federação Nacional dos Servidores do Judiciário Federal e Ministério Público da União.
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