FT elogia Marina, mas questiona sobre economia
Na reportagem "Brasil abalado pela morte de uma estrela política em ascensão", o FT informa que cresce a chance de uma candidatura Marina Silva, mas destaca que a ex-ministra deu poucas pistas sobre os temas importantes. "A grande questão é que tipo de Brasil que ela iria querer. Com princípios ambientalistas e evangélica convicta, é provável que a senhora Silva lute para formar alianças e vencer o poderoso lobby agrícola", diz o jornal.
O FT reconhece que Marina "defende a estabilidade macroeconômica". Apesar disso, o jornal diz que a ex-ministra detalhou pouco o que pensa sobre a economia. Diante dessa falta de detalhamento, o jornal diz que eventual candidatura Marina Silva "é um enigma para os investidores de todo o mundo". Um dos ouvidos pela reportagem diz que a candidata poderia ser mais amigável ao mercado quando comparada à reeleição de Dilma Rousseff, mas não seria tão positiva aos negócios como eventual vitória de Aécio Neves.
A reportagem tenta, ainda, traçar um breve perfil de Marina Silva. "Ela é de confiança por parte da comunidade evangélica, respeitada por grande parte da elite intelectual do Sudeste pelo trabalho para proteção da floresta amazônica. A luta para superar a pobreza, a doença e o analfabetismo dão um apelo mais amplo", diz o FT, que lembra que a ex-ministra foi um dos nomes que ganhou popularidade durante os protestos populares do ano passado. "Muitos a identificam como um político menos político - um outsider capaz de superar problemas endêmicos como a corrupção", diz o texto.
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