Vicentinho defende Dilma sobre compra de refinaria
O jornal O Estado de S. Paulo mostrou que Dilma deu aval, como presidente do Conselho da Petrobras, para a compra que resultou em um prejuízo bilionário para o País. Ela afirma que a decisão foi tomada com base em um "resumo executivo" com informações "incompletas" e tecnicamente "falho". "O ministro Mercadante me ligou e me disse: vou te mandar os dados. Aí eu vim fazer o discurso", contou Vicentinho.
No pronunciamento, o líder petista disse que a negociação para a compra ocorreu antes da descoberta do pré-sal e da crise financeira de 2008. Afirmou que a compra fazia parte de uma estratégia da empresa de ampliar a capacidade de refino de óleo pesado no exterior.
Ele destacou que, após ter comprado a refinaria em 2005 por US$ 42 milhões, a belga Astra, que passou a ser sócia da Petrobras, investiu R$ 84 milhões antes de vender metade do empreendimento à estatal brasileira. Segundo ele, dos R$ 360 milhões pagos em 2006, US$ 170 milhões se referiam a estoque de petróleo. Sustentou ainda que a Petrobras pagou 25% menos do que o valor médio das transações de operações de refino nos Estados Unidos naquele ano.
Vicentinho reforçou a declaração de Dilma de que o resumo executivo que balizou a decisão do Conselho de Administração não continha as cláusulas que levaram ao prejuízo no negócio: Put Option, que obrigava a Petrobras a adquirir a outra metade da refinaria em caso de divergência com a Astra, e Marlim, que assegurava rentabilidade mínima de 6,9% à empresa belga. Para ele, a informação é verdadeira porque em 2008 o mesmo Conselho se recusou a comprar o restante da refinaria e a Petrobras entrou em uma batalha jurídica com a empresa belga. Somente em 2012 houve o acordo que culminou com a compra depois de decisões judiciais favoráveis a Astra. Em entrevista após o discurso, Vicentinho diz não ver motivo para CPI. "Tem muita onda e muita gente gosta de surfar", ironizou.
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