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PMDB teme repetir derrocada do DEM

09:50 | Mar. 16, 2014
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A revolta do PMDB com o modo como é tratado pela presidente Dilma Rousseff tem na sua concepção o temor de que aconteça com o partido o mesmo que ocorreu com o antigo PFL.

O líder da bancada peemedebista na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), é um dos que propagam a tese. "Estamos virando o DEM do PT. O reflexo mais forte é na Câmara, porque é aqui que se divide o tempo de TV e assim eles precisarão cada vez menos dos aliados", afirma.

A extinta sigla - hoje DEM - chegou a ter o maior número de deputados na Câmara na década de 90, mas abriu mão do protagonismo nacional e nos Estados para apoiar e se tornar o principal aliado do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). A dobradinha foi permanente entre as eleições de 1994 e 2010.

O PFL acabou tendo de mudar de nome para tentar se renovar e hoje soma apenas 27 deputados, um quarto do que já teve. Com isso, o apoio que antes era caríssimo aos tucanos atualmente é tratado como dispensável. Neste ano, por exemplo, não existe garantia nenhuma de que o DEM possa indicar um nome para disputar a vice-presidência na chapa do senador tucano Aécio Neves (MG).

"O PMDB é um atento observador da cena e percebeu o plano em curso do PT. Agora, o PMDB está botando o pé no bucho (dos petistas)", diz, ao avaliar a situação do PMDB, o presidente do DEM, senador José Agripino (RN).

Espaço. Agripino relata sua sensação de "já vi esse filme antes". "O PFL foi perdendo o protagonismo quando aceitou entrar na vice-presidência em 1994, com Marco Maciel, no (governo) Fernando Henrique Cardoso. Fomos cedendo espaço sucessivamente. E esse é o plano estratégico do PT: tomar espaço."

Agripino afirma que o DEM, no passado, "não fez o dever de casa, não trabalhou para se fortalecer regionalmente e cometeu o grave erro de não se fazer valer nos Estados onde tinha mais força, como Minas Gerais e Paraná, por exemplo, perdendo espaço para os tucanos em nome da aliança". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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