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Câmara aprova convite para Chioro falar sobre cubanos

11:55 | Mar. 12, 2014
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A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 12, um convite para que o ministro da Saúde, Arthur Chioro, compareça ao Congresso na próxima quarta-feira, dia 19, e preste esclarecimentos sobre as condições de contratação de médicos cubanos que fazem parte do programa Mais Médicos.

A intenção inicial do chamado "blocão", grupo de deputados da base descontentes com a articulação política do governo, e da oposição era aprovar uma convocação, mas o PT fez um apelo para que o tema fosse transformado em convite, que tem menor peso político.

Ex-líder do PT na Casa, o deputado José Guimarães (CE) chegou a dizer que Chioro poderia ir ao Congresso falar sobre o tema já nesta quinta. Ao final da votação, a data do comparecimento de Chioro ficou agendada para a próxima quarta-feira (19 de março).

Hoje mais cedo, outra comissão, a de Seguridade Social e Família, aprovou um convite para que Chioro compareça à Câmara para falar sobre o Mais Médicos. Para minimizar os danos, houve ainda uma tentativa do PT de fazer uma única sessão com as duas comissões, mas a proposta foi rejeitada. A maratona de aprovação de convites é mais um capítulo da crise política entre o Planalto e o "blocão", grupo de insatisfeitos cujo porta-voz é o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ).

Para o líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), as condições impostas aos cubanos configuram trabalho escravo. "Isso envolve trabalho escravo no Brasil sendo praticado pelo governo brasileiro e pela ditadura cubana", declarou o deputado, na manhã desta quarta.

O Mais Médicos voltou a ser alvo de críticas da oposição depois que veio à público o contrato de trabalho dos profissionais cubanos. Quando o programa foi iniciado, eles recebiam no Brasil o equivalente a US$ 400, enquanto que participantes do Mais Médicos de outras nacionalidades recebem R$ 10 mil. Com a repercussão do caso, o Ministério da Saúde deu um aumento real de US$ 245 na remuneração dos cubanos.

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