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PMDB baiano apoiará o DEM; Kertész fecha com PT

19:24 | 10/10/2012
Contrariando a recomendação do diretório nacional, o PMDB baiano anunciou, na tarde desta quarta, apoio à candidatura de ACM Neto (DEM), no segundo turno em Salvador. Como previsto, o candidato peemedebista no primeiro turno, Mário Kertész, seguiu no rumo oposto e decidiu apoiar o petista Nelson Pelegrino na disputa. Além disso, comunicou às lideranças do PMDB do Estado sua desfiliação da legenda.

Principal liderança peemedebista na Bahia, o ex-ministro da Integração Nacional e atual vice-presidente na Caixa Econômica Federal, Geddel Vieira Lima, disse que o apoio a Neto "é natural", dentro do contexto estadual - no qual o PMDB faz oposição ao governo petista de Jaques Wagner.

Por esse motivo, Geddel diz que não há razão para pedir exoneração do cargo que ocupa na CEF. "As condições que levaram à minha nomeação (apoio ao governo federal e oposição ao estadual) estão mantidas, eu teria de pedir exoneração caso o partido decidisse apoiar Pelegrino, para que não houvesse a alegação de que uma coisa estava ligada a outra", argumentou.

Geddel também não atrelou o apoio ao DEM como parte do plano para uma candidatura única dos partidos ao governo em 2014. "Não colocamos nenhuma condicionante que não uma boa administração, com o nosso apoio, em Salvador", disse o ex-ministro. "(A eleição de) 2014 não está em discussão."

De acordo com ele, apesar das conversas com o vice-presidente Michel Temer - "três ou quatro vezes por dia", disse -, foi respeitada a autonomia local da legenda. "Não recebi nenhum telefonema da presidente Dilma (Rousseff) ou do ex-presidente Lula, adotei uma postura de absoluta independência", contou.

Com o apoio, ACM Neto espera poder neutralizar o principal discurso do adversário - de que é necessária a parceria com os governos federal e estadual para que a cidade receba recursos para a realização de obras.

"Quero utilizar o PMDB como um interlocutor privilegiado da prefeitura de Salvador com o governo federal", afirmou o candidato. "A primeira pessoa que vou procurar, depois de eleito, será o vice-presidente Michel Temer. Quero estabelecer uma relação harmoniosa e de parceria com o governo federal em prol de Salvador."

Kertesz

Terceiro colocado no primeiro turno, com pouco mais de 9% dos votos, Kertész comunicou a Geddel e a seu irmão, o presidente do PMDB na Bahia, deputado Lúcio Vieira Lima, que não seguiria o partido. "Ele nos comunicou que recebeu um telefonema do ex-presidente Lula e disse que estava tomando uma decisão diferente da do partido e se desfiliando", disse Geddel.

Assim que a derrota na eleição se tornou oficial, na noite de domingo, Kertész havia anunciado que não mais participaria de eleições. Ele, porém, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o segundo turno - marcou uma coletiva para esta quinta-feira para tratar do tema.

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