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Novo procurador de SP faz discurso de conciliação

09:00 | 10/04/2012
O novo procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Fernando Elias Rosa, assumiu nesta segunda o cargo perante o �rgão Especial do Colégio de Procuradores - cúpula da instituição - e defendeu enfaticamente o papel do Ministério Público, que tem atribuição constitucional de zelar pela democracia e investigar corrupção e improbidade na administração. "As prerrogativas funcionais serão sempre pontos inegociáveis na nossa forma de atuar. O Ministério Público do Estado detém, exibe e exige respeito."

Elias Rosa, às 14h21, fez a entrega formal de sua declaração de rendas e bens no ato de posse administrativa. A cerca de 200 procuradores que o aplaudiram de pé, ele relatou como pretende trabalhar para o aprimoramento da instituição que vai dirigir pelos próximos dois anos.

Ao mesmo tempo, na rede virtual, dezenas de promotores manifestaram-se contra a decisão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) que preteriu Felipe Locke Cavalcanti, mais votado pela classe nas eleições internas do MP - Rosa foi segundo colocado.

Nos dois grupos fechados da categoria na internet, Amici e MP maior e capaz, promotores anunciaram que foram trabalhar vestidos de preto, dizendo-se enlutados no "dia da desilusão democrática". Uma ala de promotores com tradição no combate a desvios do Tesouro mobiliza-se por emenda constitucional que abra caminho para eleições diretas na instituição, sem interferência do Executivo. Outro segmento planeja ato contra Alckmin no dia da posse solene de Elias Rosa, a 4 de maio.

"Vamos ao trabalho, o Ministério Público segue adiante", conclamou Elias Rosa, em seu pronunciamento de posse. Ao seu estilo, pregou a união da classe. "O MP não é e jamais será fruto de qualquer ação individual. Ele resulta da ação de todos nós. Trata-se de uma grande obra coletiva e o papel decisivo da Procuradoria-Geral será sempre de atuar em comunhão com todos."

Desafio

A cadeira de chefe do maior MP do País foi transmitida a Elias Rosa pelo procurador Walter Paulo Sabella, que ficou interinamente no posto por 11 dias. Sabella sugeriu harmonia e à Bíblia recorreu. "Sobejam razões para a justa expectativa de que (Elias Rosa) haverá de governar com grandeza, sensibilidade e espírito de conciliação, sobrepairando os divisionismos de hoje, compreensíveis porque subsequentes à crepitação do processo eleitoral, mas predestinados à dissipação. Aliás, de olhos postos na advertência bíblica de que �todo Reino dividido será desolado�." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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