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ABC falta à reunião para quebra oficial de contrato

Os dirigentes da Administradora Brasileira de Cartões (ABC) deveriam ter ido hoje à Seplag para assinar termo de rescisão contratual com o Governo do Estado referente à administração dos empréstimos consignados

11:17 | 16/04/2012

Matéria atualizada às 12 horas
A empresa Administradora Brasileira de Cartões (ABC), ainda responsável por administrar os empréstimos consignados para servidores estaduais, não compareceu à reunião prevista para a manhã de hoje, quando seria assinado o termo de rescisão contratual com o Governo do Estado.

A medida seria o primeiro passo para o chamado "período de transição", dentro do qual o Governo do Estado promete formular um novo sistema de oferta de crédito consignado para os servidores públicos, com possibilidade de cobrança de juros inferiores aos que são praticados atualmente pela ABC e as empresas subcontratadas.

Segundo o titular da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), Eduardo Diogo, a ABC enviou uma notificação extra-oficial afirmando que precisa de detalhes sobre os motivos da rescisão do contrato. Só então é que a empresa assinaria o termo de quebra contratual.

Eduardo Diogo explicou que vai responder a empresa com uma nova notificação, explicando os motivos da quebra. Destacou ainda que o prazo para o período de transição continua o mesmo, de 90 dias contados a partir de hoje.

Na última sexta-feira, o secretário de Planejamento e Gestão, Eduardo Diogo, informou que o debate será importante para evitar que servidores, Seplag ou ABC tenham algum prejuízo durante o período de transição. Um dos nomes mais aguardados para o encontro de hoje, na sede da Seplag, era o diretor superintendente da ABC, Bruno Barbosa Borges - um dos personagens centrais no contexto das denúncias sobre possíveis irregularidades nos empréstimos consignados.

Conforme O POVO revelou na edição de ontem, Bruno é sócio de Luiz Antônio Valadares, genro do secretário-chefe da Casa Civil do Governo do Estado, Arialdo Pinho. Os dois são proprietários da empresa Agora Investimentos, criada cerca de um ano após a ABC vencer licitação para operar os empréstimos consignados. Ligada a Bruno, a ABC é investigada por ter contratado as empresas Promus e CCI - que pertencem a Valadares - para intermediar os empréstimos consignados. Segundo o deputado Heitor Férrer (PDT), autor das denúncias, há um "tráfico de influência" na relação entre as empresas, envolvendo o Governo do Estado. O caso está sendo investigado pelo Ministério Público Estadual (MPE).

Com informações da repórter Raquel Maia

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