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Fechamento de hospital em Juazeiro do Norte sobrecarrega Hospital Regional do Cariri

O Hospital Regional do Cariri é voltado para o atendimento a 40 municípios da região, mas está sobrecarregado com a população de Juazeiro do Norte

12:38 | 07/02/2012

O líder do bloco PT-PSB na Assembleia Legislativa, Welington Landim (PSB), disse nesta terça-feira, na tribuna da Casa, que o Hospital Regional do Cariri (HRC) está sobrecarregado em função do fechamento de hospital que vinha sendo mantido pela Prefeitura de Juazeiro do Norte.

O Hospital Santo Inácio era particular, mas estava sob intervenção da Prefeitura desde 2009, negociada com os proprietários. Em janeiro de 2011, a intervenção foi prorrogada. No entanto, foi encerrada em setembro do ano passado. Com o fim da intervenção, a unidade de saúde fechou as portas.

Segundo Welington, o Santo Inácio dispunha de 140 leitos, 10 deles de terapia intensiva. Além disso, eram oferecidos serviços de clínica médica, clínica cirúrgica geral, cirurgia vascular, endoscopia e traumaortopedia. O deputado é líder do bloco que inclui o PT, partido do prefeito de Juazeiro, Manoel Santana.

O parlamentar disse que o balanço semestral do Hospital Regional do Cariri expôs a sobrecarga causada pela decisão da Prefeitura. Embora o hospital seja voltado para atender pacientes de 40 cidades de toda a região, 92% dos 16.272 pacientes atendidos na emergência entre agosto e dezembro de 2011 declararam Juazeiro do Norte como município de residência. Além disso, 40% dos atendimentos poderiam ter sido feitos em hospital da rede secundária, de competência municipal, sem precisar recorrer ao HRC, de alta complexidade. Do total de 1.414 internamentos, 1.016 eram de moradores de Juazeiro. A população da cidade ocupou ainda 695 dos leitos de clínica médica, 82% da traumaortopedia, 66% da cirurgia e 64% dos leitos de UTI.

Na época em que encerrou a intervenção, a Prefeitura de Juazeiro apontou como um dos argumentos o fato de o HRC já está em operação. Welington Landim, contudo, demonstrou preocupação com a possibilidade de outros prefeitos fazerem o mesmo e também desativarem hospitais. “Se todos aderirem a essa moda, o esforço do Governo de dotar o Estado de uma estrutura melhor de nada servirá”.

As críticas à Prefeitura de Juazeiro foram reforçadas pelos deputados Carlomano Marques (PMDB), Heitor Férrer (PDT) e Moésio Loiola (PSD).

Informações da assessoria de

imprensa da Assembleia Legislativa

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